quarta-feira, outubro 28, 2009

Seminário com Cintra Torres, na U. de Aveiro, 3 Novembro, 17h30

No âmbito do Mestrado em Ciência Política, a Secção Autónoma de Ciências Sociais, Jurídicas e Políticas da UA promove um novo ciclo de Seminários de Investigação de Ciência Política, entre Novembro de 2009 e Maio de 2010, no total de 12 seminários.
O primeiro, dirigido por Eduardo Cintra Torres, conhecido crítico de televisão, media e publicidade, traz ao debate a relação entre os media e a política.

A 3 de Novembro, a partir das 17h30, na Sala Sousa Pinto do Departamento de Matemática da UA.

Eduardo Cintra Torres é autor de diversas publicações, entre os mais recentes «Debates Presidenciais na Televisão: à Procura de Interesse, Avaliação e Efeitos» (2009), e «Quando a Multidão e o Amor se Encontram na Literatura, Sociologia - Problemas e Práticas» (2009), «Mais Anúncios à Lupa» (2008), «Anúncios à Lupa. Ler Publicidade» (2006) e «A Tragédia Televisiva» (2006). Eduardo Cintra Torres é jornalista desde 1983.

Crítico de televisão e media do Público desde 1996, crítico de publicidade do Jornal de Negócios desde 2003 e comentador de televisão da Rádio Renascença (2001-2005). Actualmente, é assistente na Universidade Católica Portuguesa.

Outras presenças serão Denise Dornelles, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, a 23 de Novembro, Lydia M. Beuman, da Universidade Católica Portuguesa, Miguel Rocha de Sousa, do Departamento de Economia da Universidade de Évora, Ricardo Soares de Oliveira, do Department of Politics and International Relations, Oxford University, Clara Serrano, do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra, Pedro Camões e Sílvia Mendes, do Departamento de Relações Internacionais e Administração Pública s da Universidade do Minho, e Pedro Adão e Silva, do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa.


Fonte: Universidade de Aveiro

Tertúlia «O Marketing e os livros» - 3 Novembro, 21h15

A Associação de Antigos Alunos da Universidade de Aveiro apresenta a Tertúlia «O Marketing e os Livros», que terá lugar no Hotel Moliceiro, no dia 3 de Novembro, pelas 21h15.

Presenças de:
- Frederico Dinis, Fundador da Revista inovar.te
- Manuel Dias da Silva, Autor e Escritor
- Nunes Carneiro, Consultor, Editor e Docente de Marketing
- Paulo Ferreira, Consultor Editorial

Entrada livre.

domingo, outubro 25, 2009

Criatividade e Empreendorismo em debate na UA

Dia 26 de Outubro - 11h
- Vamos falar de criatividade -
criatividade e organização de grupos criativos
sala 23.1.5, Universidade de Aveiro (Entrada Livre)

Dia 26 de Outubro - 17h
- Vamos falar de empreendedorismo - novas formas de pensar o trabalho e o
empreendedorismo
sala da Livraria dos Serviços de
Acção Social da UA, Universidade de Aveiro (Entrada Livre)

«
Enquadramento:
De Masi defende um paradigma que nos pode tornar mais
Humanos. Preconiza a diminuição da carga de trabalho, a
extinção da produção que se baseia na força física humana
devendo esta ser substituída pelas tecnologias. Aos
trabalhadores caberá a realização do trabalho intelectual,
a pesquisa, o trabalho criativo e as experivivências das
manifestações da ludicidade, bem como os trabalhos que
nelas se enquadrem (o que é fantástico!). Para tal, mais
defende De Masi, precisamos de nos educar, tanto no
sentido da própria formação académica, quanto no sentido
dos sistemas sociais e da actividade de cidadania.

As propostas do Professor De Masi são, ainda, conflituosas
com o pensamento de muitos empresários, gestores,
sindicalistas e professores que enquadram a sua actividade
num modelo de sociedade industrial focado nos princípios
da especialização, da estandardização e sincronização como
ele explica de maneira muito interessante citando Alvin
Toffler) no livro da sua autoria sobre "Ócio Criativo" (p.
58, 59, 60).

»

quinta-feira, setembro 17, 2009

Comunidade de leitores da Almedina

10 e 31 de Outubro
MIGUEL REAL – “A Morte de Portugal” (Campo das Letras)

Sugestões paralelas:
A Arte de Ser Português, de Teixeira de Pascoais (Assírio & Alvim)
Portugal. Identidade e Diferença, de Guilherme d’Oliveira Martins (Gradiva)
Labirinto da Saudade, de Eduardo Lourenço (Gradiva)

14 e 28 de Novembro
ALICE VIEIRA – “Bica Escaldada” (Casa das Letras)

Sugestões paralelas:
“Tanta Gente, Mariana” – Maria Judite Carvalho (Europa-América)
“Clarisse”, Erico Veríssimo (Ambar)
“O Mundo”, de JJ MIlás (Planeta)

12 de Dezembro
HELDER PACHECO – “Porto: na Passagem do Tempo” (Afrontamento)

Sugestões paralelas:
“As cidades Invisíveis, Italino Calvino (Teorema)
“A Gente de Dublin”, Joyce (Livros do Brasil e outras)
“As Farpas”, Ramalho Ortigão (Verbo e outras)

9 e 30 de Janeiro de 2010
INÊS PEDROSA – “A Eternidade e o Desejo” (Dom Quixote)

Sugestões paralelas:
Sempre – Vergílio Ferreira (Bertrand)
Contos – de Clarice Lispector (Relógio D´Água)
Um Cão Que Sonha – Agustina Bessa-Luís (Guimarães Editores)

13 e 27 de Fevereiro
LUIS MIGUEL ROCHA – “A Virgem” (Mill-Books)

Sugestões paralelas:
Dissolução, C. J. Sansom (Asa)
A Catedral do Mar, Ildefonso Falcones (Bertrand)
O sentido da noite, Michael Cox (Gótica)

13 e 27 de Março
MARIA ROSÁRIO PEDREIRA – “O Canto do Vento nos Ciprestes” (Gótica)

Sugestões paralelas:
Morreste-me, de José Luís Peixoto (Temas e Debates)
O Mundo, de Juan José Millás (Planeta)
Uma Antologia, William Butler Yeats (Assírio & Alvim)

10 e 24 de Abril
RUI ZINK – “O Destino Turístico” (Teorema)

Sugestões paralelas:
Italo Calvino, As Cidades Invisíveis (Teorema)
Saul Bellow, Ravelstein (Teorema)
Mário Cláudio, Amadeo (Leya)

8 e 29 de Maio
ALEXANDRA LUCAS COELHO – “Caderno Afegão” (Tinta da China)

Sugestões paralelas:
“Equador”, de Henri Michaux (Fenda)
“Deserto”, de J.M.G. Le Clézio (Dom Quixote)
“O Quarteto de Alexandria”, de Lawrence Durrell (Ulisseia)

12 e 26 de Junho
JOÃO PEDRO GEORGE – “Não é Fácil Dizer Bem” (Tinta da China)

Sugestões paralelas:
Luiz Pacheco, «Figuras, Figurantes e Figurões», (O Independente, 2004).
Louis-Ferdinand Céline, «Viagem ao Fim da Noite» (Ulisseia)
Franz Kafka, «A Metamorfose» (Presença)

Informação retirada d' aqui

terça-feira, setembro 15, 2009

Atlas Municipal de Santa Maria da Feira

Apresentação dia 16 de Setembro

A publicação, intitulada “Atlas de Santa Maria da Feira - 35 Anos de Caminho, da Democracia à União Europeia”, vai ser apresentada esta quarta-feira, dia 16 de Setembro, às 21h00, no auditório da Biblioteca Municipal, após a inauguração de uma exposição de fotografias aéreas do território feirense.

Segue-se uma conferência-debate com a participação de sete convidados. António Rios Amorim vai abordar o tema “Actividades Económicas”, Cardoso da Costa vai falar de “Justiça” e Carlos Martins de “Cultura e Indústrias Criativas”. A área da “Educação” será abordada por Joaquim Azevedo, a “Saúde” por Nunes de Sousa, “Família e Acção Social” por Paulo Peixoto e “Transformação do Território” por Pedro Ribeiro da Silva.

Entrada Livre

Palestra de Lobo Antunes sobre Egas Moniz, em Estarreja

A apresentação de “Confidências de um Investigador Científico", de Egas Moniz, está agendada para o dia 19 de Setembro, sábado, pelas 18h, na Casa Museu Egas Moniz, e contará com a presença de João Lobo Antunes que assina o prefácio desta publicação promovida pela Câmara Municipal de Estarreja.

Egas Moniz… Hoje” é o título da palestra. De notar que o pai de João Lobo Antunes colaborou de perto com Egas Moniz.

Iniciativa inserida no 60º Aniversário da Atribuição do Prémio Nobel da Medicina a Egas Moniz

Muito Riso, Pouco Siso em Vale de Cambra



Muito Riso, Muito Siso


os textos humorísticos da lusofonia
Sáb 19 Setembro, 21h30 - Centro Cultural de Macieira de Cambra VALE DE CAMBRA Fonte: programação D'Orfeu

Eventos a Norte

Apresentação LIVROS

Livro: FONTES SOFISTICADAS DE INFORMAÇÃO da autoria de Vasco Ribeiro

17 Set QUI 18H30 NORTESHOPPING

Nesta obra é analisada a influência das fontes no noticiário político de quatro grandes diários portugueses entre 1990 e 2005. “Estão as notícias políticas, divulgadas nos meios de comunicação social, condicionadas por um suposto novelo governamental? ; As relações públicas apresentam-se como um meio camuflado para controlar a informação ou serão os assessores de imprensa imprescindíveis para um melhor relacionamento entre jornalistas e fontes de informação?”.

Livro: UMA QUESTÃO DE CARÁCTER de Rui Moreira
20 Set DOM 17H00 MAR SHOPPING
26 Set SÁB 18H00 GAIASHOPPING
27 Set DOM 17H00 NORTESHOPPING

Este livro analisa a situação cultural, política e social da cidade do Porto e aponta caminhos e soluções aos seus problemas de imagem e posicionamento.

Livro: ENTRE A CASA E A CAIXA: RETRATO DAS TRABALHADORAS NA GRANDE DISTRIBUIÇÃO Da autoria de Sofia Alexandra Cruz

23 Set QUA 18H30 FNAC STA. CATARINA

O presente livro desenvolve uma abordagem sobre o trabalho feminino das trabalhadoras da linha de caixa de uma grande superfície (hipermercado). Esta análise perspectiva o actual trabalho dessas mulheres em estreita relação com os seus percursos escolares, familiares e profissionais. Esta sessão conta com a presença da autora e apresentação por Bruno Monteiro, Investigador do ISFL e do CIIE.

DEBATE
TODAS AS CIDADES TÊM POLÍTICA CULTURAL MAS UMAS TÊM MAIS DO QUE OUTRAS por Plateia
28 Sety SEG 18H00 STA. CATARINA

Último debate promovido pela Plateia acerca das políticas culturais no âmbito europeu, nacional e autárquico, por ocasião de cada uma das eleições. Desta vez, e em plena campanha eleitoral, teremos a presença de candidatos a autarquias da área metropolitana do Porto, em representação dos cinco principais partidos. Este último e vital exercício de cidadania é dedicado às políticas culturais de âmbito local. A moderação será da jornalista Inês Nadais, do "Público".

Fonte: Programação FNAC

Paródia Nacional

Neste país
em diminutivo
juizinho
é que é preciso.

Alexandre O'Neill



Ainda não é um verdadeiro "Daily Show" nem passa a pente fino a balbúrdia nacional, mas, por agora, serve para desanuviar e colocar os candidatos às eleições legislativas, mas não só, em «piquenas» situações confrangedoras. Ou seria melhor dizer asfixiantes. A ver vamos como se comporta o quarteto de Carnaxide.

Revista de imprensa

A tónica estará no registo cáustico que os caracteriza, no entanto, não pretendem achincalhar ninguém. Ou melhor, tratar-se-á de um misto de ironia e alguma seriedade que, de todo, não se reveste da postura que costuma ser seu apanágio.


Excerto retirado de artigo do JN ver aqui

Foto: Joana Bougard (JN)

As Marcas Globais na Equação da Crise, artigo opinião

Numa altura em que as grandes marcas globais haviam assumido a queda do império da sociedade de consumo e da comunicação massificada, eis que a crise internacional voltou a colocar sobre a mesa a reformulação das grandes variáveis do marketing | comunicação. É verdade que os factores promoção e distribuição continuam a evoluir no sentido inequívoco da adopção das novas tecnologias, quer para comunicar e reforçar reputação, quer para gerir os aspectos operacionais e logísticos da actividade empresarial. (...)

Fonte: briefing - ler artigo da autoria de Carla Guedes,directora geral REPUTATION aqui

A cultura e os anúncios

«O conhecimento dos hábitos e das atitudes dos consumidores portugueses face à Cultura foram objecto de análise por parte da Nova Expressão. A empresa realizou um estudo, com base em dados da Marktest, em que foram analisados cinco tipos de anunciantes - Cinema, Promotores de Espectáculos, Eventos Especiais e Patrocínios, Instituições Culturais e Livrarias/ Editoras -, e o respectivo investimento em Media.

Uma das principais conclusões do estudo, que é divulgado em exclusivo pelo jornal Briefing de Setembro, assinala a preferência, por parte dos anunciantes, pela Televisão como meio de eleição para promoção dos seus produtos, apresentando naturalmente o maior volume de investimento. A preferência assenta no facto de a sua eficácia ser considerada inquestionável perante a cobertura das populações-alvo, permitindo uma elevada e rápida divulgação.

(...)

O segundo maior investimento destinou-se à Imprensa, já que os anunciantes a consideram como um meio muito eficaz e os "consumidores" de cultura a reconhecem como a mais completa. De referir ainda que, em muitos casos, a Imprensa é destacada como o meio mais especializado na informação sobre a oferta cultural disponível.

A Rádio e o Outdoor surgem, em termos de investimento, como os meios de natureza complementar, que servem para reforçar as campanhas deste sector. Verificou-se também que, a este nível, os cartazes assumem tão-somente um papel principal na divulgação de espectáculos.»

(...)
Fonte: briefing ver aqui

segunda-feira, maio 11, 2009

Exposição Viarco - ISVOUGA


Direitos Reservados

A mais recente exposição patente no ISVOUGA, a quinta da série "Retrospectivas", à única fábrica de lápis de Portugal que tem acompanhado, desde 1936, gerações de portugueses.
Oportunidade para ver muitas das embalagens e séries de lápis que são uma memória da infância.


«A origem do fabrico de lápis em Portugal remonta ao ano de 1907 quando o Conselheiro Figueiredo Faria juntamente com o seu sócio o Engenheiro Francês Jules Cacheux decidem construir em Vila do Conde uma unidade industrial de fabrico de lápis designada por "Faria, Cacheux & C.ª" também conhecida como Portugália.

Em 1931 Manoel Vieira Araújo, industrial experiente da chapelaria e figura proeminente de S. João da Madeira, decide diversificar o ramo de actividade da Vieira Araújo & C.ª Lda, e adquire a Fábrica Portuguesa de Lápis - Portugália. A marca Viarco é assim registada em 1936.

Em 1941, quando o mercado já se encontrava consolidado, a empresa deslocalizou-se de Vila do Conde para as actuais instalações em S. João da Madeira, levando consigo todos os equipamentos e muitos funcionários que decidiram iniciar uma nova vida ao seu lado.

Actualmente a Viarco pretende recuperar o edifício, que alberga um grande espólio de arqueologia industrial, com vista à construção do futuro Museu do Lápis e diversos ateliers para jovens artistas em início de carreira.
O estabelecimento de parcerias com instituições ligadas à educação, cultura e solidariedade que criem dinâmicas de benefício social é outra das prioridades da empresa.»

quinta-feira, abril 30, 2009

Noite na Terra - comédia


Cineclube de Aveiro/ Cinema Oita
de 30 de Abril a 4 de Maio sempre às 22h


Noite na Terra
um filme de Jim Jarmusch

UM HILARIANTE FILME DO REALIZADOR DE CULTO JIM JARMUSCH, AUTOR DE FILMES ICÓNICOS COMO "DOWN BY LAW", "O COMBOIO MISTÉRIO", "DEAD MAN" E "COFFEE AND CIGARETTES".

com:
GENA ROWLANDS
WINONA RYDER
ROBERTO BENIGNI
GIANCARLO ESPOSITO
ROSIE PEREZ

Cinco táxis. Cinco cidades. Uma noite.
Night On Earth é uma sequência de cinco comédias que ocorrem ao mesmo tempo, mas que se passam em diferentes fusos horários, continentes e línguas. Cada uma das histórias centra-se na breve relação que se desenvolve entre um motorista de táxi e o seu ou os seus passageiros, enquanto percorrem a noite, partilhando o espaço fechado de um automóvel, entre o ponto de partida e o seu destino final. O filme começa em Los Angeles, precisamente na altura em que o pôr-do-sol é substituído pela escuridão, passa a seguir para a noite de Nova Iorque, depois Paris, Roma e finalmente Helsinquia onde, terminada a última sequência, o sol nasce outra vez, com a noite eterna de Inverno a dar de novo lugar à luz do dia.

Título original: Night on Earth
Ano: 1991
Realização: Jim Jarmusch
Interpretação: Gena Rowlands, Winona Ryder, Roberto Benigni, Giancarlo Esposito, Rosie Perez, Armin Mueller-Stahl
Origem: França, Reino Unido, Alemanha, EUA, Japão
Duração: 129 min
Classificação: M/12

No Cinema Oita, em Aveiro
(Programação Cineclube de Aveiro).

quinta-feira, abril 23, 2009

8 ou 80?



De um lado canta-se "venham mais cinco" e os artigos ou palavras censuradas estão assinaladas ao longo de toda a revista.

«Quando estiver a ler os textos que se seguem lembre-se de uma coisa: neste número, as palavras, as ideias e as realidades que retratam, e que foram objecto desta "censura" simulada, aparecem cortadas ou sublinhadas, e acompanhadas dos carimbos que a Censura usava nas provas dos textos produzidos pelos jornalistas. Há 35 anos, na prática diária do regime, aqueles trechos cortados eram realidades, pura e simplesmente, apagadas, realidades que deixavam de existir por força do lápis azul do censor», escreve-se no texto que acompanha o vídeo desta edição.




Do outro surge a revista Sábado com as relações escondidas de Salazar com as famílias mais ricas.


Aqui está uma boa oportunidade para reflectir o que foi a realidade do país num passado recente ao mesmo tempo que se deve ter em conta a mais valia da liberdade de expressão e de informação. Num país onde ainda se culpa a liberdade dos males actuais, seria bom fazer a destrinça de que liberdade não é o mesmo que libertinagem, corrupção, ou falta de valores, uma confusão diversas vezes instalada na cabeça de muitos portugueses.

Comunicar (h)Oje

O jornal económico Oje lança um suplemento dedicado à comunicação.
A ideia é «promover junto dos seus leitores a consciência de que uma comunicação bem estruturada nas empresas é determinante para o seu sucesso, bem como apresentar as principais consultoras de comunicação a operar em Portugal e o valor acrescentado que elas podem aportar». Abordam-se temas como rigor, criatividade, comunicação de consumo, Relações Públicas, comunicação financeira, crise, entre outros.

«A comunicação é uma arma poderosa e um instrumento fundamental para se conseguir sobreviver e alcançar o sucesso de qualquer organização. Cada área de negócio comporta especificidades próprias que por si só obrigam à adopção de diferentes estilos e meios de comunicar e de fazer chegar a mensagem pretendida aos seus consumidores».


Oje Comunicar

sexta-feira, abril 10, 2009

Para reflectir: DEZ ANOS POR UM JORNALISMO SUSTENTÁVEL

Por Sandra Monteiro

Publicado em Le Monde Diplomatique

«
Não se pense, contudo, que está criado um «império» mundial de imprensa: a maior parte das edições vive desde sempre com muitas dificuldades, travando uma «guerra assimétrica» contra os gigantes da comunicação (a própria edição portuguesa foi interrompida durante um curto período). De certa forma, essa fragilidade decorre de uma escolha que passa por fazer um jornal diferente, com análises mais longas e aprofundadas; com um investimento forte e dispendioso na reportagem internacional; com a manutenção de estruturas editoriais responsáveis, dedicadas e independentes, que concentram o poder de decisão nos jornalistas e demais trabalhadores; com a recusa de transformar os leitores em clientes; e com a manutenção escrupulosa da regra que diz que as receitas publicitárias não podem ultrapassar 5 por cento do volume de negócios de cada edição

A diminuição do poder de compra causada pela crise reduz a disponibilidade para a compra de jornais, mas não diminui os custos reais de produzir informação. O comentário e a reprodução, em particular na Internet, de informação já existente, pode ser feito praticamente a custo zero, mas dedicar tempo e meios a investigações e reportagens aprofundadas exige necessariamente recursos financeiros, equipas estruturadas e uma concepção dos projectos no longo prazo. Exige um jornalismo sustentável.

O desafio que hoje se coloca consiste em aprofundar cada vez mais o conhecimento do mundo em que vivemos para potenciar a consciência das mudanças que é necessário concretizar. Porque a ausência de responsabilização e de consequências palpáveis, que as pessoas possam sentir nas suas vidas, é dos maiores desmotivadores sociais que possamos imaginar, sobretudo quando já existe uma compreensão do que seria necessário mudar. É algo que afecta a confiança e corrói a coesão social de forma duradoura. Basta pensar na reacção que em cada um de nós suscitam a pantanosa inoperância dos sistemas judiciais ou a manutenção dos paraísos fiscais, que permanecem incólumes, mesmo numa crise como esta.

Podemos apoiar os espaços de informação e debate de ideias que nos proporcionam conhecimento e tempo para desacelerar desse stress informativo que tão pouco tempo deixa ao desenvolvimento da nossa inteligência emocional, à nossa criatividade como cidadãos do planeta, à multiplicidade de linguagens (da informação, da arte…) com que nos construímos. Como afirma o escritor moçambicano Mia Couto, «ao lado de uma língua que nos faça ser mundo, deve coexistir outra que nos faça sair do mundo» [7]. Por aqui, tanto nestas páginas como nos múltiplos espaços de encontro e de debate que a edição portuguesa do Le Monde diplomatique procura criar, vamos continuar a ser mundo, a criar raízes, para que as asas possam voar.
»

terça-feira, abril 07, 2009

Ritual de iniciação - um filme que lembra para não esquecer

9 de Abril, Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira
14º aniversário Cineclube da Feira


Estamos em 1983 e as aulas acabaram. Shaun (Thomas Turgoose) é um rapaz de 12 anos, bastante reservado, que está a crescer numa triste cidade costeira e cujo pai morreu em combate, na Guerra das Falklands. Durante estas férias de Verão, Shaun vai encontrar novos modelos masculinos a seguir quando os rapazes da cena skinhead local o aceitam no seu seio. Com estes novos amigos, Shaun descobre o mundo das festas, do primeiro amor e das botas do Dr Martin! É aí que conhece Combo (Stephen Graham), um skinhead mais velho e racista, que saiu há pouco tempo da prisão. Na medida em que o bando de Combo molesta as minorias étnicas da pequena cidade, o caminho está aberto para um ritual de passagem que levará Shaun da inocência à experimentação.

Fonte: IOLcinema

terça-feira, março 31, 2009

Livre acesso na internet... o que aí vem...

Para ler com atenção o artigo :

ESTADO DE VIGILÂNCIA
O Grande Irmão quer cuidar da internet

Por Mário Coelho em 26/3/2009


acessível em Observatorio de Imprensa

em especial a parte que se segue:

Contra o crime, mais controle sobre os internautas

Reproduzido do Congresso em Foco, 25/3/2009

O Ministério da Justiça (MJ) deve apresentar nas próximas semanas um projeto que, caso aprovado, diminuirá consideravelmente a privacidade do usuário de internet. O texto vai aumentar o rigor na identificação dos internautas, exigindo dos provedores de acesso dados como o número do RG e nome dos pais de quem está atrás do computador durante toda a navegação. O objetivo é coibir a prática de crimes na rede.

A ideia do MJ seria similar a um taxista que, quando parasse para pegar um passageiro, exigisse o nome, o RG e a filiação para começar uma corrida. Segundo o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), autor do substitutivo ao Projeto de Lei (PL) 84/99, que muda o Código Penal para tipificar condutas relacionadas ao uso de sistema eletrônico ou da internet, o ministério quer a inclusão de pontos que não foram discutidos até hoje pelo Congresso.

"O Ministério da Justiça quer alterar alguns pontos do projeto. Entre eles, a pasta propõe a identificação do usuário durante a navegação na internet", disse ao Congresso em Foco o senador, que foi informado pelo próprio ministério da mudança. A proposta é mais restritiva do que a elaborada pelo tucano. No texto que tramita na Câmara, os provedores seriam obrigados a guardar todos os registros de navegação de seus usuários – onde entraram, quanto tempo ficaram – em seus arquivos. O texto diz que eles seriam acessados somente com decisão judicial.

Efeito Obama

«
Nos próximos dois a quatro anos, muito políticos irão tentar replicar a campanha que elegeu Barack Obama como presidente dos Estados Unidos, baseada no movimento das bases e na tecnologia, e irão falhar. Esta foi uma das principais ideias defendidas ontem por David Plouffe, director e estratega da campanha de Barack Obama, que esteve em Portugal, a convite da Cunha Vaz & Associados, para fazer uma conferência.

«Acho que esta campanha será difícil de replicar. Obama tinha e tem uma ligação única [com os eleitores]. Se outro político tentar basear a sua campanha na tecnologia e no movimento das bases [grassroots movement], provavelmente irá perder», referiu Plouffe.
»

Fonte: Briefing

domingo, março 29, 2009

O Visitante



Walter Vale, um professor viúvo, numa viagem a Nova Iorque para assistir a uma conferência, encontra o seu apartamento ocupado por um jovem casal de imigrantes ilegais. Vale convida o casal, um jovem músico sírio chamado Tarek e a sua namorada senegalesa, a ficar a viver com ele. Uma improvável amizade que acaba por se desenvolver entre o solitário Vale e o vibrante Tarek. Mas os bons momentos depressa são perturbados pela injusta prisão de Tarek e a sua possível deportação. Vale, que está determinado a ajudar, inicia uma verdadeira cruzada pela libertação de Tarek. (Fonte: Sapo)

29 de Março, Biblioteca Municipal da Feira (Cineclube de Santa Maria da Feira)

domingo, março 22, 2009

Agitar antes de abrir, sair, fazer... (II)

Já tinha sido aqui feita uma referência às palavras de Miguel Carvalho no Congresso realizado em Santiago de Compostela, em Janeiro.
Em Março surge uma nota sobre as palavras do jornalista no El Argentino.com a destacar a comunicação como uma das mais significativas apresentadas em todo o congresso: não só pelo conteúdo, mas também pelo facto de terem sido ditas nas barbas de quem manda e decide em muitos órgãos de comunicação social. Como sempre com frontalidade e sem artifícios, uma verdadeira dentada em orelha de cão.

Para ler o artigo intitulado: Un “humilde periodista” portugués y la autocrítica del periodismo europeo

The end of print? We think not! (Joana Maciel e Pedro Monteiro)






Joana Maciel e Pedro Monteiro iniciaram um movimento que é um apelo inteligente e bem conseguido contra os prenúncios do fim do jornalismo impresso.
Aqui fica a informação do pontapé de saída desta iniciativa que retirei do Whatype.

«Here at whatype we don’t believe this are the times of the end of print. Sure that the crisis isn’t helping newspapers but the real deal is that the newspapers industry is an old one. What’s keeping readers away from newspapers is the way that the industry isn’t able too change within itself.

With every newspaper that is closed, with every journalist that is fired, a bit of freedom of speech, a bit of democracy is being lost. There’s no way to substitute the role of good journalism (the citizen journalism is a good thing but it’s still no substitute).

To try and change this, whatype is starting a movement. We’ve made 4 different posters A4 sized so that everyone can print them and post them everywhere. In each poster we’ve included a message to everyone in the newspaper industry.

Our challenge for you is to print as much as you want/can and post them where you think they can make a difference – newsrooms (outside and inside), near distribution points, etc.

By supporting your newspaper you will fight for your own voice. By telling what you want and expect from a newspaper, one that’s worth both your money and your time, you will be fighting for a better world.

You can download the posters (...)

By: Pedro Monteiro»


Agora toca a espalhar a mensagem....

terça-feira, março 17, 2009

A produção da informação

Bem a propósito da matéria leccionada no âmbito da unidade curricular de Sociologia da Comunicação, para ler as três referências de Rogério Santos no Indústrias Culturais.


Fica aqui um cheirinho do Newsmaking I - um reparo sobre o mesmo assunto tratado na edição online do Público e posteriormente publicado na edição impressa -.

«Na internet, o texto tinha quatro blocos. Na notícia em papel, surgem apenas os dois blocos iniciais, com alguns ajustamentos. O que se omitiu na edição em papel foi fundamentalmente as vozes de especialistas ou outros que discordavam do modelo de museu da rádio.
O que aqui e agora quero salientar é a constatação da limitação ou constrangimento da edição em papel: o espaço disponível. O essencial (positivo) da informação está no papel; logo, o jornal prestou um bom serviço. Mas a ideia de contraste de opiniões, de exploração de contradições desaparece, apesar do texto em papel criticar a inexistência do museu da rádio como a lei da rádio o indica; logo, o jornal não informou bem.
»


Ver também Newsmaking II e III.

quinta-feira, março 12, 2009

Para pensar: porque lemos menos jornais...

«A salutar procura da diferença»

Qual é a responsabilidade dos editores de jornais na crise da imprensa? A coluna desta semana do prof. Nobre-Correia abre alguns caminhos para a resposta.
A salutar procura da diferença

Num mar de semelhanças, uma réstia de prazer e de inteligência…

Que se assiste há muito a uma erosão do “leitorado” da imprensa, e sobretudo dos diários, é uma evidência. E é notório que esta erosão se acentuou nestes últimos tempos. Para além de outras razões, duas são regularmente avançadas pelos leitores para explicar o seu afastamento dos jornais e mais particularmente dos diários : globalmente, dizem todos a mesma coisa e são cada vez mais superficiais, incapazes de aprofundar o que a rádio e a televisão já disseram.

É verdade que, quando se percorrem os diários generalistas, tem-se muitas vezes a sensação que a “agenda” que preside à concepção editorial de cada um deles é bastante semelhante. Que são os mesmos temas que constituem boa parte dos “menus” propostos por uns e por outros. E que a tendência dominante é propor “peças” cada vez mais curtas e desprovidas de substância.

Editores há na Europa que perceberam este descontentamento e esta insatisfação. Como em França. Historicamente, a primeira iniciativa terá sido a do Courrier International, em Novembro de 1990. Um conceito simples : sair do meio jornalístico “hexagonal” e propor semanalmente abordagens da actualidade publicadas por jornais de outros países. E o sucesso está à vista : uma difusão paga de 216 534 exemplares.

Duas iniciativas recentes : o bimestral La Revue internationale des Livres et des Idées, em Setembro de 2007, e o mensal Books, em Dezembro de 2008. Ambas procuram tratar da “actualidade pelos livros do mundo”, dando larga importância ao que se publica fora de França, em textos assinados por autores não francófonos. Mas o grande novidade é XXI, um trimestral de 210 páginas lançado no Inverno de 2007-08. Consagrado ao jornalismo de inquérito e de reportagem, um ano depois vende 35 mil exemplares em média.

Iniciativas que provam haver leitores que não se conformam com abordagens tacanhamente nacionais da actualidade. Nem com a incapacidade em dar largas à estética da escrita e da ilustração, insuflando nos leitores uma réstia de prazer e de inteligência…


Artigo de J.-M. Nobre-Correia, professor na Université Libre de Bruxelles
Diário de Notícias, 7 Mar. 2009
Fonte Clube dos Jornalistas

Para pensar: A importância de uma boa 1ª página

Curta análise à importância de uma boa primeira página na conquista do público num artigo de Rolf Kuntz...

Uma primeira página vigorosa ainda é um prazer, mesmo para leitores profissionais e veteranos. Isso depende, é claro, da escolha do assunto e da competência na produção do título e do texto, geralmente curto, para a capa do jornal. Título forçado e matéria turbinada não valem. Despertam dúvidas quanto à seriedade ou a competência de quem prepara o material.

Pode ser anacronismo, mas sente-se falta, às vezes, do velho culto à página mais nobre. Escrever para a primeirona era tarefa para redatores de elite, em geral competentes na gramática e no estilo. Além disso, a escolha da manchete dava trabalho. Idealmente, era preciso combinar a importância objetiva do assunto e seu atrativo para o chamado leitor comum, uma figura ainda hoje misteriosa. O declínio dessa arte parece ter acompanhado a perda de importância da venda em bancas e em pontos estratégicos, como paradas de ônibus.


Artigo para ler em Observatório de Imprensa

Valsa com Bashir, 15 de Março, Biblioteca da Feira


O filme de animação A Valsa com Bashir é o filme em exibição na Biblioteca de Santa Maria da Feira, a 15 de Março (21h30). A película de origem israelita foi realizada por Ari Folman.

«Uma noite num bar, um velho amigo de Ari Folman conversa com ele sobre um pesadelo recorrente no qual é perseguido por 26 cães enraivecidos. Todas as noites, o mesmo número de monstros. Os dois homens chegam à conclusão que há uma ligação com o exército israelita, durante a sua primeira missão na primeira guerra do Líbano no início dos anos 80. Ari fica surpreendido pelo facto de já não se lembrar de nada desse período da sua vida. Intrigado por este enigma, decide entrevistar velhos amigos e camaradas por todo o mundo. Ele precisa de descobrir a verdade sobre essa altura e sobre ele próprio. Enquanto Ari se envolve cada vez mais no mistério, a sua memória começa lentamente a despertar imagens surreais...»
Fonte Sinopse [cinema.ptgate.pt]

Diferentes «Olhares» no Centro Português de Fotografia




Foto de Jonne Roriz "Cara a Cara"

O Centro Português de Fotografia recebe a 21 de Março a exposição Olhares para assinalar os cinco anos do site com o mesmo nome. A mostra estará patente até 26 de Abril de 2009, na Sala Joshua Benoliel, e é constituída por 20 imagens de autores portugueses e brasileiros, resultantes do livro.

segunda-feira, março 09, 2009




Conferência Sports Marketing 09 no Porto


W. Sutton, presidente da Associação Americana de Marketing Desportivo, estará no Porto, a 25 de Março, para um encontro com alguns dos maiores especialistas em Marketing Desportivo.
A iniciativa decorre no Edifício da Alfândega do Porto e serve para apresentar as novas tendências e oportunidades que prometem fazer do desporto um negócio ainda mais envolvente e rentável.
O evento servirá ainda de palco ao lançamento do livro "Sports Marketing – As Novas Regras do Jogo", da autoria de Carlos Sá e Daniel Sá. Através da análise de diversos casos práticos, a obra clarifica a forma como o marketing pode ser um precioso aliado de organizações profissionais, semi-profissionais e amadoras.

Inscrições a metade do preço até 11 de Março


Inscrição desde 40, 60 e 100 euros para profissionais e público em geral. Porém, até à próxima quarta-feira, dia 11 de Março, há desconto de 50 por cento.
Mais informações em www.ipam.pt/sm09.

quarta-feira, março 04, 2009

São como um cristal, as palavras. Algumas, um punhal ... como diria Eugénio

Manifesto dos 119 contra o despedimento colectivo/selectivo na Controlinveste

O Manifesto de 119 pessoas do mundo das letras, da música, das ciências e trabalhadores do sector da comunicação social, foi divulgado a 4 de Março.

O manifesto surge no âmbito do despedimento de 119 trabalhadores do Grupo Controlinveste e que inclui profissionais do “Jornal de Notícias”, “Diário de Notícias”, “24 Horas” e “O Jogo”.

o mesmo documento alerta para novas vagas de despedimento em curso.

CONSULTAR MANIFESTO COMPLETO AQUI.


(...)
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?

Eugénio de Andrade, As Palavras

Para ler e pensar: O Mito do Texto Curto

O mito do texto curto

André Abreu apresenta num pequeno texto disponível online no blogue Intermezzo as suas considerações sobre a dimensão dos textos na era da Internet.
Ficam aqui uns pedaços e ideias para se reflectir: E eu como gosto de ler na net?

«
Já passamos da primeira década de internet disseminada e ainda ouço de alunos e colegas a máxima: “Na internet, o texto tem que ser curto, não é?”. Não, não é.


Definindo


Desde os primórdios, o hiperlink permite, entre outras coisas, a fragmentação de qualquer conteúdo em pedaços, ou chunks, em inglês. Com isso, deixamos a cargo do usuário decidir o quanto ele irá se aprofundar em determinado assunto.


Essa é uma das principais vantagens do texto digital em relação ao analógico. No segundo, como há limitações de tempo e espaço (...). Por exemplo, um jornalista do Mais! – caderno do jornal Folha de S.Paulo sobre cultura – certamente se sente à vontade ao discorrer sobre Schopenhauer, pois imagina que a média dos seus leitores conhecerá o filósofo. Por outro lado, o repórter do jornal Extra, periódico popular do Rio de Janeiro, seria obrigado a fazer uso de um longo aposto para contextualizar o seu público-alvo sobre quem é o autor e o que ele fez de importante.


O jornalismo tradicional é formado por esses pequenos e praticamente inconscientes preconceitos. Na prática, nem todos os leitores do caderno Mais! são eruditos e nada garante que os do Extra não o são. Entretanto, pelas limitações do suporte, o jornalista é obrigado a desenhar em sua imaginação o público-alvo e moldar seu texto a ele.

(...)
Já pensou o que seria da internet como fonte de pesquisa se todos levassem a sério o mito do texto curto? Mudar a maneira como se aprendeu a escrever é difícil. Como começar a escrever de forma não-linear e em camadas depois de toda uma vida alfabetizado na linearidade.
(...)
»

O Mito do texto curto (para ler na íntegra)
Fonte: Intermezzo

quinta-feira, fevereiro 26, 2009

Debater a comunicação, em Lisboa

I Jornadas de Comunicação do Departamento de Comunicação do INP

O Departamento de Comunicação do INP-Instituto Superior de Novas Profissões (INP) está a promover as I Jornadas de Comunicação 2008/2009 sob o tema “Comunicação: Saberes para Novos Mercados e Novas Profissões”.

“Product Placement nos jogos online: novas oportunidades nos novos médias” será o tema a abordar por José Dias, da Cool Media, no dia 27 de Fevereiro. No dia 13 de Março, Miguel Spínola, da TMN, apresenta “O telemóvel, um novo meio de relacionamento”. As jornadas terminam com a palestra “Communication Trends” proferida por Julia Johansoozi, da University of Stirling, a 15 de Maio.

As palestras decorrem sempre no Auditório I do INP, no Campus Universitário da Ameixoeira em Lisboa, pelas 19 horas.

27 de Fevereiro 2009: Mestre José Dias (CoolMedia): «Product Placement nos jogos online: Novas oportunidades nos novos médias»
Em muitos países, os jogos online e offline já ultrapassaram as receitas do cinema e da mercado discográfico. Além disso, o tempo dispendido por cada utilizador é de 15 horas por semana, similar ao tempo despendido a ver televisão. Em especial para o target jovem, este é uma meio alternativo, que constituindo uma ameaça aos habituais canais de difusão, representa igualmente para os anunciantes uma oportunidade através do product placement.

Nesta conferência será abordada a importância destes novos media, bem como o seu impacto no comportamento de compra do consumidor e os novos desafios que se colocam aos publicitários e anunciantes.

13 de Março de 2009: Eng. Miguel Spínola (TMN): «Tecnologias mobile, novos mercados: Os videojogos»
“Anytime, anywhere” estes dois atributos tornam o telemóvel num poderosíssimo meio de relacionamento, se acrescentarmos o facto de ser um meio pessoal e ao mesmo tempo universal a importância deste pequeno objecto cresce exponencialmente. O SMS é só um meio de comunicação entre duas pessoas? O toque é só um aviso que alguém nos está a ligar? O telemóvel é um substituto ou um complemento do computador? O telemóvel é um substituto ou um complemento de uma máquina fotográfica?

Sessão de Encerramento 15 de Maio

Profª Doutora Julia Jahansoozi (Univ. Stirling):
«Communication Trends:The New And The Not So New»/«Tendências da Comunicação»

Public Relations practitioners need to continue to incorporate and exploit the opportunities provided by technological developments for communication (social media, blogging, social networking, etc.). We can learn from Obama’s campaign and transfer the lessons from the political arena to the private, public and non-profit sectors and find ways to reach and energize key publics and stakeholders.

Besides these new technological developments that impact communication more familiar issues still continue to plague the practice: public relations is often not recognized for its contribution to stakeholder management. During times of economic difficulty, such as now with the ongoing financial crisis, there is a need for public relations practitioners to ‘work smarter’ and ensure that communication is properly incorporated into management, as resources – in terms of staff, and supporting activities – are cut.

The risk that public relations is still repeating the same sort of basic work it has always done is great and if opportunities (such as those offered by new technologies and incorporating communication into management) are not exploited then the practice will be continue to be reduced to its technical function and be more vulnerable to economic pressures.

sexta-feira, fevereiro 20, 2009

Notícia mais do que requentada...

Em 2006 fomos Blogue do Dia.

Tevê - Zeca Baleiro


Tevê

Um filme na tevê / Um corpo no sofá/ Um tempo pra moer o vidro do olhar /E a vida a passar A vida sempre a passar/ Passar / Olhando a estrela azul azul da cor do mar/ Comédia comum ou um drama vulgar / E a vida a passar / A vida sempre a passar/ Passar Comercial de xampu/ Cerveja e celular/ Modelos para crer (Mentiras para crer) e credicard / A consumir a consumir/ A consumir o olhar/ O olhar / Olhando a estrela azul/ Um quadro a cintilar Vendendo ilusões a quem não pode pagar/ E a vida a passar / A vida sempre a passar/ Passar

Álbum Coração do Homem Bomba (vol 2)
(acessível no site de Zeca Baleiro)
(letra da Música retirada de Muita Música)

E o que é que isto tem que ver com Campo dos Media? Ou Sobre a televisão, de Pierre Bourdieu?

Afinal fumar compensa... à viúva


Tabaqueira condenada ao pagamento indemnização

A tabaqueira Philip Morris foi condenada ao pagamento de 6,3 milhões de dólares (mais de 5 milhões de euros) à viúva de um fumador a quem provocou danos e que morreu com cancro do pulmão.O fumador, Jess Williams, morreu em 1997, fumava três maços de tabaco diariamente e era fumador há mais de 40 anos.

O Tribunal do Oregon já em 1999 tinha condenado a tabaqueira ao pagamento de cerca de 88 milhões de dólares (quase 70 milhões de euros) à viúva, mas, em 2007, a Philip Morris recorreu da sentença e saiu vitoriosa.

Agora o Tribunal da Florida, nos Estados Unidos, condenou a tabaqueira ao pagamento de 6,3 milhões de dólares (mais de 5 milhões de euros).

Fonte: Portugalmail

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Let's start the insanity...



A coisa começa mais ou menos com um "show about nothing" e inicia uma viagem sobre tudo, yada, yada, yada. Para além de Seinfield, há Constanza, the lord of idiots, Benes, the queen of the castle, Cosmo, o verdadeiro kramer, o carteiro Newman, uncle Leeeoo, o nazi das sopas "no soup for you", yada, yada, yada.

Who wants to have some fun?
Maybe the dingo ate your baby...

Well... i believe these Pretzels are making me thirsty...
fake, fake, fake...

A não perder uma selecção das melhores frases e alguns dos melhores momentos como a Troca, Jerry vira Kramer, the deal, yada, yada, yada...



terça-feira, fevereiro 17, 2009

E se isso interferir no salário? Não há reacção...

«Não ficarei deprimido se as audiências ficarem aquém do esperado, nem irei embandeirar se forem muito boas».

diz Rodrigo Guedes de Carvalho, in 'TvGuia' (retirado de Briefing News)

quarta-feira, fevereiro 11, 2009

Porto low cost - para revitalizar a economia?

No Times online fazem uma sugestão em conta para um fim-de-semana no Porto.

Vá lá!... os estrangeiros dão uma mãozinha na revitalização da economia e do turismo nacional. Mesmo a baixo custo. E ao lado de cidades como Paris, Praga e Madrid. Por 100 euros...

PORTO

The cheapest flight: £30pp from Stan-stedwith Ryanair.

The cheapest hotel: the Internacional (00 351-22 200 5032, www.hotelinter nacionalporto.com) is actually mid-price, and rooms 209 and 309 have rather fetching balconies, but they’re knocking 30% off room ratesif you book online, which means doubles can be had for just £48, B&B. Cheaper still are the 1930s-decor Hotel Peninsular (22 200 3012; £29) and the Residencial dos Aliados (22 200 4853; £26), which has decent views across a square.

Intervenção artística alerta para a violência no namoro, a 14 de Fevereiro



“A partir de um olhar disseste “Olá”, de um beijo na cara conheci o teu cheiro, de um longo abraço quis fazer parte de ti, de um empurrão desejei nunca mais te ver.”
Este é o mote para uma campanha de sensibilização de “És tão…”, uma iniciativa com vista a sensibilizar a população mais jovem para o risco de episódios de violência.

Para recordar que a violência, muitas vezes iniciada no namoro, é uma realidade a combater, o Espaço Trevo aproveita o dia 14 de Fevereiro para apresentar um intervenção artística em pleno centro histórico.

"És tão…", será apresentada pelas 23h, no bar Rua Direita e, pelas 24h, no Villacaffé, em Santa Maria da Feira.


Ciclo de Cinema - No fim ele morre, em Aveiro

NO FIM ELE MORRE
ciclo de cinema
22h no auditório do Mercado Negro, Aveiro, entrada livre.
Quarta 11 Last Days de GUS VAN SANT
("Last Days", EUA, 2005)

A SEGUIR:

QUA 18 FEV

O Homem Elefante

de David Lynch

("The Elephant Man", EUA/Reino Unido, 1980)

QUA 25 FEV

Homem Morto

de Jim Jarmusch

("Dead Man", EUA/Alemanha, 1995)

QUA 4 MAR

The Fountain

de Darren Aronofsky

("The Fountain", EUA, 2006)

QUA 10 DEZ

A Última Sessão

de Peter Bogdanovich

("The Last Picture Show", EUA, 1971)

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Audiências TV em Janeiro

De acordo com dados divulgados a 3 de Fevereiro pela Marktest, o Jornal Nacional da TVI foi o programa que mais tempo dedicou à informação regular.

Em Janeiro de 2009, RTP1, RTP2, SIC e TVI emitiram 220 horas de informação regular, o que representa um acréscimo de 7.3% relativamente ao observado em Dezembro mas uma pequena quebra de 1% face ao mês homólogo do ano anterior.

A oferta noticiosa deste mês corresponde a uma média diária de uma hora e 46 minutos por canal.

Em Janeiro, foram emitidas um total de 7493 notícias, menos 0.4% do que no mês anterior e menos 8.3% do que no período homólogo de 2007. A duração média das notícias emitidas em Janeiro foi de 1 minuto e 46 segundos, mais oito segundos do que em Dezembro.

O Primeiro Jornal, da SIC, mantém-se como o programa que mais trabalhos emitiu, com 1331 em Janeiro.

De acordo com a mesma fonte:

Em Janeiro de 2009, a TVI obteve 28.9% de share de audiência, a SIC registou 25.9%, a RTP1 obteve 25.4%, a RTP2, 5.3% e o cabo e outros canais 14.5%, segundo os dados da Marktest Audimetria/MediaMonitor.

Fonte Marktest

sexta-feira, janeiro 30, 2009

Agitar antes de abrir, sair, fazer... (I)

"(...) Al mismo tiempo, y después de un periodo en que fuimos igualmente cómplices de una especie de intoxicación lingüística, creo que por lo menos se ha abierto una puerta para que se desarrolle una nueva gramática de la decencia, de la ética, del papel del Estado, de la prensa, de la ciudadanía, de los valores colectivos en una sociedad. Y en eso todos estamos implicados.
(…)
Y eso implica intentar un regreso a la pureza de las palabras, desnudándolas de uniformes y retóricas. Precisamos de devolver a las palabras su valor real. Luchar para que ellas traduzcan lo que efectivamente quieren decir. Tenemos de cuidar de la integridad de las palabras y de su traducción en la práctica como último reducto de un pensamiento crítico, independiente y libre.
De la recuperación de esos valores depende no solo el futuro del periodismo, pero también la integridad de los valores, de los seres humanos, de nuestras sociedades y de nuestros gobernantes. “Este oficio no es para cínicos”, lo decía Kapuscinski, gran periodista polaco.
Con notables excepciones, hubo, por demasiado tiempo, McPeriodismo, periodismo low-coast, barato, despreocupado de su papel social, despreocupado de sobresaltos cívicos (...)".

Por qué callamos?

Palavras de Miguel Carvalho, jornalista, acessíveis em devidacomédia

sexta-feira, janeiro 23, 2009

Boas leituras


Depois da Nmitos e antes da Ncarne, a mais recente edição da Ncontrast (Ndiaspora) já está acessível online. O projecto arrojado e contra corrente merece uma visita e divulgação.

Edição em pdf

CONCEPTA: Feira Internacional de Arte, Cultura e Indústrias Criativas

A CONCEPTA: Feira Internacional de Arte, Cultura e Indústrias Criativas decorre de 5 a 8 de Fevereiro, na Exponor, em Matosinhos.

No segundo dia de actividades a entrada é gratuita.

Destaque para os temas das sessões paralelas:

Seminário: CulturaTM: Marcas na Arte, Cultura e Indústrias Criativas


- Marcas comerciais nas Artes, Cultura e Indústrias Criativas - 10:00 | 13:00

- Marcas na criação e distribuição das Artes, Cultura e
Indústrias Criativas - 15:00 | 17:00

- Portugal uma Marca de Cultura? - 17:30 | 19:00



Uma boa oportunidade para um contacto mais aprofundado com um dos temas do momento.

Programa