quarta-feira, março 04, 2009

Para ler e pensar: O Mito do Texto Curto

O mito do texto curto

André Abreu apresenta num pequeno texto disponível online no blogue Intermezzo as suas considerações sobre a dimensão dos textos na era da Internet.
Ficam aqui uns pedaços e ideias para se reflectir: E eu como gosto de ler na net?

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Já passamos da primeira década de internet disseminada e ainda ouço de alunos e colegas a máxima: “Na internet, o texto tem que ser curto, não é?”. Não, não é.


Definindo


Desde os primórdios, o hiperlink permite, entre outras coisas, a fragmentação de qualquer conteúdo em pedaços, ou chunks, em inglês. Com isso, deixamos a cargo do usuário decidir o quanto ele irá se aprofundar em determinado assunto.


Essa é uma das principais vantagens do texto digital em relação ao analógico. No segundo, como há limitações de tempo e espaço (...). Por exemplo, um jornalista do Mais! – caderno do jornal Folha de S.Paulo sobre cultura – certamente se sente à vontade ao discorrer sobre Schopenhauer, pois imagina que a média dos seus leitores conhecerá o filósofo. Por outro lado, o repórter do jornal Extra, periódico popular do Rio de Janeiro, seria obrigado a fazer uso de um longo aposto para contextualizar o seu público-alvo sobre quem é o autor e o que ele fez de importante.


O jornalismo tradicional é formado por esses pequenos e praticamente inconscientes preconceitos. Na prática, nem todos os leitores do caderno Mais! são eruditos e nada garante que os do Extra não o são. Entretanto, pelas limitações do suporte, o jornalista é obrigado a desenhar em sua imaginação o público-alvo e moldar seu texto a ele.

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Já pensou o que seria da internet como fonte de pesquisa se todos levassem a sério o mito do texto curto? Mudar a maneira como se aprendeu a escrever é difícil. Como começar a escrever de forma não-linear e em camadas depois de toda uma vida alfabetizado na linearidade.
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O Mito do texto curto (para ler na íntegra)
Fonte: Intermezzo

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