quinta-feira, setembro 27, 2007

E Águeda aqui tão perto...

«É grande a curiosidade que desperta cada nova programação do Festival “O Gesto Orelhudo”, evento único à escala nacional dedicado à fusão música-teatro-humor.

A 6º edição abre a 29 de Setembro com “The First Vienna Vegetable Orchestra” (Áustria) e prossegue em Águeda até 6 de Outubro com outras companhias da Holanda, Espanha, Brasil, Itália e Portugal.

“O Gesto Orelhudo” é um festival que marca as suas propostas pela mais insólito e inusitado humor músico-teatral.


Uma co-produção da d’Orfeu Associação Cultural e da Câmara Municipal de Águeda, com o envolvimento activo do Ministério da Cultura e da Direcção-Geral da Artes, entre outros apoios regionais, nacionais e internacionais.


Para além da mundialmente aclamada “Vegetable Orchestra” - grupo que toca música contemporânea com vegetais cujo destino é uma grande sopa oferecida ao público no final - o festival traz a Portugal outros nomes grandes. Se abre bem, fecha melhor, com os madrilenos “Yllana” a apresentarem um concerto cómico de música clássica sugestivamente intitulado
“PaGagnini”.

Noutro momento alto do programa, o provocador cómico italiano Leo Bassi, conhecido pelas maiores loucuras em palco, é bem capaz de pôr Águeda a rir como nunca riu, pelo que se apresenta como uma ameaça à paz cultural da cidade.


Os “Mofa&Befa”, a mais louca companhia galega da actualidade, descem a Águeda para apresentar o impagável espectáculo non-sense “Sempre ao Lonxe”. Os musicómicos holandeses Slampampers repetem presença após o êxito estrondoso de 2006, voltando ao palco principal, mas agora convidados também para apresentar o seu extravagante concerto junto do público infanto-juvenil nas Escolas do concelho. Neste âmbito, participa ainda uma companhia nacional, o Trigo Limpo teatro ACERT, ajudando o festival a cruzar os bancos da escola com a sua última multifacetada criação para a infância “Andar nas Nuvens”. »

Fonte: D'Orfeu Associação Cultural

quarta-feira, setembro 26, 2007

Primeiro no blogue...depois na banca


Aqui está uma estratégia de comunicação à qual se deve estar atento...

"A revista americana The Economist identificou os 100 blogs políticos mais influentes nos Estados Unidos da América e decidiu fornecer-lhes as notícias que vai publicar na edição impressa com um dia de antecedência. Desta forma, a publicação pretende criar ruído e comentários dos bloguistas em torno destes assuntos que vão publicar mesmo antes da revista chegar às bancas". (Notícia de Inês Rosado Fonseca)
Fonte: BRIEFING

26/09: O comércio electrónico é realmente seguro?

O comércio electrónico é realmente seguro?
Quais os cuidados a ter para garantir mais segurança?

Estas e outras questões serão debatidas hoje, quarta-feira, 26 de Setembro, pelas 21h30, no auditório do Museu da Chapelaria, em S. João da Madeira.

Trata-se de uma sessão de esclarecimento sobre comércio electrónico que conta com a presença de um jurista da DECO, no âmbito da iniciativa "Encontroscom Sumo", promovida por esta associação de defesa do consumidor, com o apoio da Área Metropolitana do Porto.

A participação é gratuita.
Inscrição por mail (museu.chapelaria@gmail.com) com indicação do Nome, morada, telefone ou telemóvel e e-mail.
Se preferir poderá também telefonar para o número 256 200 205.

Museu da Chapelaria
Rua Oliveira Júnior, 501 3700 S. João da Madeira
T. +351 256 201 680 F. +351 256 201 689
http://museudachapelaria.blogspot.com

terça-feira, setembro 25, 2007

Por culpa de Fidel


POR CULPA DE FIDEL (página oficial)

Filme a em exibição a 30 de Setembro na Biblioteca de Santa Maria da Feira (21h45) - CINECLUBE DE SANTA MARIA DA FEIRA

Sinopse:
"Anna tem 9 anos. Para ela, a vida é simples, ordeira e de hábitos instalados. Uma vida que decorre confortavelmente, entre Paris e Bordéus.Mas eis que entre 1970 e 1971, o compromisso político assumido por seus pais, da extrema esquerda, muda a vida de Anna. Primeiro, o seu tio, comunista e envolvido na luta contra o regime de Francisco Franco, desaparece, possivelmente assassinado pela guarda-civil espanhola. Posteriormente, após uma viagem ao Chile, durante a presidência de Salvador Allende, Marie e Fernando (os pais de Anna) decidem por em prática as suas ideias políticas.Termina assim a tranquilidade na casa dos arredores de Paris, que começa a ser visitada por camaradas "vermelhos e barbudos", por pessoas que sonham com a Revolução de Fidel Castro. Termina a época da educação religiosa e, sobretudo, a calma que caracterizava a vida da menina".

Bilhete: 3 €

sábado, setembro 22, 2007

“A Verdade Confiscada - escândalo, a armadilha da nova censura"

As verdades construídas
Por: Bárbara Pereira

Joaquim Letria, autor dos livros A Verdade Confiscada e Histórias para Ler e Deitar Fora, iniciou a sua carreira de jornalista em 1962, no Diário de Lisboa. Foi repórter em Londres e director da informação não diária da RTP. Interrompeu a sua actividade jornalística para colaborar como porta-voz do Presidente da República e abandonou-a em 1989. Actualmente, desenvolve a sua actividade profissional como consultor de comunicação e gestão de informação para empresas nacionais e multinacionais e para administrações públicas de diferentes estados.
O autor aproveita a sua longa experiência profissional para dar a conhecer a sua visão negativa face ao jornalismo actual. Colaborador de inúmeros jornais e revistas, assim como, de vários programas de rádio e televisão, reprova os Meios de Comunicação e o Poder Político.
A obra compreende essencialmente três temas, o papel de jornalista, a sociedade globalizada e o fenómeno da Internet. Segundo este, a Imprensa tem decaído cada vez mais, vivendo obcecada com personalidades, histórias sensacionalistas, sexo e marginalidade.
Neste sentido, o autor, considera que os Meios de Comunicação Social não mostram o mundo e as pessoas como elas são. Eles mostram-nos “verdades construídas” (Joaquim Letria, 13, 1998). Esta realidade é-nos difundida de forma a não entrar em conflito com a nossa consciência. Os Meios de Comunicação procuram indicar-nos, de forma subtil, o caminho a seguir, de acordo com os seus interesses.
Este repreende, ainda, os jogos de conveniência, os negócios, a persuasão e as influências que se escondem por detrás de uma notícia.
O escritor analisa as mudanças ocorridas, ao longo do tempo, nos Meios de Comunicação e na profissão de jornalista. Cada vez mais, o jornalista tem de escolher entre a grande informação de que dispõe e aquela que quer, ou que lhe é imposta, para que chegue ao público. Em contrapartida, hoje em dia, o público tem várias opções de escolha, o que nunca aconteceu anteriormente.
A grande competição pelas audiências está igualmente a afectar o espírito dos média e a influenciar negativamente o público. Se por um lado, o debate de ideias e os programas de acção se tornaram superficiais, desinteressantes e inconsequentes, por outro, a Imprensa não perdeu muita influência na formação da opinião pública. A tendência é para que tudo se torne espectáculo. Desta forma, encobrem-se os verdadeiros problemas e não se fala do que realmente é importante para a sociedade.
Joaquim Letria aborda, com alguma exuberância, a relação entre os Órgãos do Poder e os Meios de Comunicação Social. Conforme o autor explica, o espectáculo ou escândalo, que cada vez mais se favorece nos média, tem como finalidade a eliminação política ou profissional de alguém. Assim sendo, os grandes grupos económicos ligam-se ao meio do jornalismo para obterem influência politica e social.
Note-se ainda, que o autor menciona o facto da profissão de jornalista ter conquistado repentinamente um grande interesse. Esta procura desmedida reflecte-se negativamente na nossa sociedade e no jornalismo dos nossos dias.
Por outro lado, é destacado o fenómeno da Internet. Esta, para além de interligar milhões de pessoas, veio informar-nos. A Internet introduziu a liberdade de escolha e o acesso ao mundo, na nossa sociedade. Desta forma, o público apenas consome aquilo que quer.
Com a Internet as pessoas começaram a aperceber-se de como estavam a ser manipuladas, tanto pelos órgãos de comunicação, como pelo poder político.
A presente obra ajuda a entender as mudanças ocorridas na sociedade e os mecanismos que influenciam a forma e o conteúdo das notícias, resultado da rápida transformação dos Meios de Comunicação Social e do aparecimento da Internet.

Comentário

Ao ler a obra verifiquei que a mesma, apesar de ter sido escrita em 1998, ainda exemplifica a actividade jornalística vivida em Portugal nos nossos dias.
Os Meios de Comunicação Social, continuam a dissimular e a persuadir a sociedade, de tal forma que muitas vezes não nos apercebemos do estado deplorável em que a nossa economia e política se encontram. Na realidade, os Meios de Comunicação Social e o Poder Político continuam a manipular a população, consciente ou inconscientemente, nomeadamente os grupos sociais com uma situação socio-económica e um nível de educação mais baixo. Apesar das dificuldades que o país atravessa, os Meios de Comunicação e o Governo, tendem a transmitir a ideia de que o país está em ascensão contínua. No entanto, o que se verifica é o endividamento cada vez mais elevado, por parte das famílias portuguesas. Uma situação, muitas vezes promovida pela Comunicação Social.
Joaquim Letria refere que os meios de comunicação vieram substituir as tarefas que, até há bem pouco pertenciam à Família, Escola e Igreja, no processo de socialização. Hoje em dia, esta é uma realidade cada vez mais visível. São os Meios de Comunicação Social que influenciam a forma de pensar, agir e vestir. A moda é-nos difundida através deles.
Do mesmo modo, são os Meios de Comunicação que culpam ou inocentam uma pessoa, mesmo antes da sentença ser proferida pelo Poder Supremo. Daqui advém a designação atribuída de “Quarto Poder”. Esta é desprestigiada pelo autor, incapaz de a aceitar como um instrumento de defesa da Democracia. A sua opinião é-nos fundamentada pela forma perversa de como os média invadem a nossa privacidade, desvalorizam todos os valores e derrubam a moralidade. Casos concretos desta forma de comunicação são os programas televisivos como a telenovela “Jura” ou o reality show “Fiel ou Infiel”. Em consequência desta falta de tradições, a sociedade começa a refugiar-se em grupos, seitas, religiões ou novas Igrejas.
Em suma, penso que o livro A Verdade Confiscada pode ser considerado polémico no sentido de dar a conhecer as verdadeiras intenções por parte dos órgãos de comunicação, ao publicar determinada notícia, no entanto, esta abordagem permite também reflectir sobre a actualidade e ter uma melhor perspectiva do universo comunicacional.
O livro manifesta-se como um “desabafo” por parte do autor, pela sua incompreensão, de como os média esqueceram o papel que lhes compete e deles é esperado: informar com veracidade o público. Ele considera mesmo, que o importante é que o público encontre um sinal de esperança nas linhas de um jornal, nas palavras difundidas pela rádio ou nas imagens transmitidas pela televisão.
Recensão realizada por: Bárbara Pereira, ISVOUGA, Dezembro de 2006
Título do Livro: “A Verdade Confiscada – a armadilha da nova censura” Autor: Joaquim Letria Editora: Editorial Notícias Cidade de Edição: Lisboa Ano de Edição: 1998
NOTA: Os textos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores.

quarta-feira, setembro 19, 2007

Jornal perfumado

"O Metro e o amaciador de roupa Comfort voltam a perfumar a edição de hoje do gratuito. Desta vez, além de libertar o perfume de Comfort Essência em todas as páginas, o título é totalmente preenchido com publicidade desta marca". (Notícia BRIEFING)

Lista lusófona online

"(...)Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades (...)"
(Camões)


Rogério Christofoletti responsável pelo blogue Monitorando começou por recolher os principais blogues de investigadores em comunicação no Brasil. Agora o projecto estendeu-se a outros países lusófonos. A lista, em actualização permanente, está acessível em http://monitorando.wordpress.com/2007/09/09/lista-lusofona-de-blogs-de-pesquisadores-em-comunicacao.

domingo, setembro 16, 2007

Preâmbulo: um blogue amigo

“Os media não devem continuar a fazer de conta que são o olho que observa, mas que não pode ser visto”

Este blogue surgiu da vontade de apoiar pedagogicamente os alunos do curso de Marketing e Relações Públicas, do Instituto Superior de Entre Douro e Vouga, em 2005.

Para responder aos desafios de Bolonha o curso passou a designa-se Marketing, Publicidade e Relações Públicas, foram criadas novas disciplinas e outras foram reformuladas.
Em 2007 a unidade curricular designa-se Teoria da Comunicação, apenas, e as novas mensagens a introduzir terão em conta esta nova realidade.

No entanto, o objectivo delineado na génese do blogue mantém-se: permitir, - através da consulta semanal deste modo de publicação -, o acesso a informações pertinentes e de contextualização das matérias leccionadas bem como proporcionar material de apoio que ajude a melhor perceber o universo comunicacional.

Deste modo pretende-se:

· Reflectir o estudo sistematizado de textos do campo da comunicação como uma importante ferramenta para o desenvolvimento do profissional.
· Criar hábitos de leitura e pesquisa bem como estimular o contacto com a sociedade em rede.
· Interpretar adequadamente as especificidades de diferentes produtos comunicacionais a partir dos modelos das principais teorias.
· Relacionar as conclusões desses estudos com situações da realidade comunicacional contemporânea.
Será dado ênfase às escolas e autores do pensamento comunicacional contemporâneo, como forma de introduzir o aluno nos meandros de uma área vasta que será a médio prazo o seu universo profissional.
Como complemento serão aconselhadas leituras e disponibilizadas informações actuais sobre os fenómenos comunicacionais que se julgarem pertinentes.
Para que este modelo não se esgote apenas na circulação de comunicação descendente, este ano lectivo juntam-se os contributos de alunos de anos anteriores.

domingo, setembro 02, 2007

Sugestão de leitura: O fim anunciado

No blogue irrealtv está disponível uma recensão crítica de um livro de José Manuel Barata-Feyo, a merecer leitura atenta, da autoria de Mário Verino Rosado. (texto)

Segundo Barata-Feyo: “em todas estas guerras, as opiniões públicas não foram minimamente informadas. Porque não nos deixaram informar. Mas foram adequadamente intoxicadas com a propaganda que lhe oferecemos. Na melhor tradição das ditaduras.”. Com esta citação pode resumir-se o conteúdo de um livro que aflora o declínio da informação na RTP em detrimento da lei selvagem da concorrência, consequência do aparecimento dos canais privados. Da postura acutilante do autor, também jornalista, ressalve-se ainda a seguinte declaração: “Este vazio só foi possível porque nós, jornalistas, abdicámos da nossa função crítica para melhor nos podermos identificar com a ideologia dominante: autopromoção, as audiências e o dinheiro.”