terça-feira, março 31, 2009

Livre acesso na internet... o que aí vem...

Para ler com atenção o artigo :

ESTADO DE VIGILÂNCIA
O Grande Irmão quer cuidar da internet

Por Mário Coelho em 26/3/2009


acessível em Observatorio de Imprensa

em especial a parte que se segue:

Contra o crime, mais controle sobre os internautas

Reproduzido do Congresso em Foco, 25/3/2009

O Ministério da Justiça (MJ) deve apresentar nas próximas semanas um projeto que, caso aprovado, diminuirá consideravelmente a privacidade do usuário de internet. O texto vai aumentar o rigor na identificação dos internautas, exigindo dos provedores de acesso dados como o número do RG e nome dos pais de quem está atrás do computador durante toda a navegação. O objetivo é coibir a prática de crimes na rede.

A ideia do MJ seria similar a um taxista que, quando parasse para pegar um passageiro, exigisse o nome, o RG e a filiação para começar uma corrida. Segundo o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), autor do substitutivo ao Projeto de Lei (PL) 84/99, que muda o Código Penal para tipificar condutas relacionadas ao uso de sistema eletrônico ou da internet, o ministério quer a inclusão de pontos que não foram discutidos até hoje pelo Congresso.

"O Ministério da Justiça quer alterar alguns pontos do projeto. Entre eles, a pasta propõe a identificação do usuário durante a navegação na internet", disse ao Congresso em Foco o senador, que foi informado pelo próprio ministério da mudança. A proposta é mais restritiva do que a elaborada pelo tucano. No texto que tramita na Câmara, os provedores seriam obrigados a guardar todos os registros de navegação de seus usuários – onde entraram, quanto tempo ficaram – em seus arquivos. O texto diz que eles seriam acessados somente com decisão judicial.

Efeito Obama

«
Nos próximos dois a quatro anos, muito políticos irão tentar replicar a campanha que elegeu Barack Obama como presidente dos Estados Unidos, baseada no movimento das bases e na tecnologia, e irão falhar. Esta foi uma das principais ideias defendidas ontem por David Plouffe, director e estratega da campanha de Barack Obama, que esteve em Portugal, a convite da Cunha Vaz & Associados, para fazer uma conferência.

«Acho que esta campanha será difícil de replicar. Obama tinha e tem uma ligação única [com os eleitores]. Se outro político tentar basear a sua campanha na tecnologia e no movimento das bases [grassroots movement], provavelmente irá perder», referiu Plouffe.
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Fonte: Briefing

domingo, março 29, 2009

O Visitante



Walter Vale, um professor viúvo, numa viagem a Nova Iorque para assistir a uma conferência, encontra o seu apartamento ocupado por um jovem casal de imigrantes ilegais. Vale convida o casal, um jovem músico sírio chamado Tarek e a sua namorada senegalesa, a ficar a viver com ele. Uma improvável amizade que acaba por se desenvolver entre o solitário Vale e o vibrante Tarek. Mas os bons momentos depressa são perturbados pela injusta prisão de Tarek e a sua possível deportação. Vale, que está determinado a ajudar, inicia uma verdadeira cruzada pela libertação de Tarek. (Fonte: Sapo)

29 de Março, Biblioteca Municipal da Feira (Cineclube de Santa Maria da Feira)

domingo, março 22, 2009

Agitar antes de abrir, sair, fazer... (II)

Já tinha sido aqui feita uma referência às palavras de Miguel Carvalho no Congresso realizado em Santiago de Compostela, em Janeiro.
Em Março surge uma nota sobre as palavras do jornalista no El Argentino.com a destacar a comunicação como uma das mais significativas apresentadas em todo o congresso: não só pelo conteúdo, mas também pelo facto de terem sido ditas nas barbas de quem manda e decide em muitos órgãos de comunicação social. Como sempre com frontalidade e sem artifícios, uma verdadeira dentada em orelha de cão.

Para ler o artigo intitulado: Un “humilde periodista” portugués y la autocrítica del periodismo europeo

The end of print? We think not! (Joana Maciel e Pedro Monteiro)






Joana Maciel e Pedro Monteiro iniciaram um movimento que é um apelo inteligente e bem conseguido contra os prenúncios do fim do jornalismo impresso.
Aqui fica a informação do pontapé de saída desta iniciativa que retirei do Whatype.

«Here at whatype we don’t believe this are the times of the end of print. Sure that the crisis isn’t helping newspapers but the real deal is that the newspapers industry is an old one. What’s keeping readers away from newspapers is the way that the industry isn’t able too change within itself.

With every newspaper that is closed, with every journalist that is fired, a bit of freedom of speech, a bit of democracy is being lost. There’s no way to substitute the role of good journalism (the citizen journalism is a good thing but it’s still no substitute).

To try and change this, whatype is starting a movement. We’ve made 4 different posters A4 sized so that everyone can print them and post them everywhere. In each poster we’ve included a message to everyone in the newspaper industry.

Our challenge for you is to print as much as you want/can and post them where you think they can make a difference – newsrooms (outside and inside), near distribution points, etc.

By supporting your newspaper you will fight for your own voice. By telling what you want and expect from a newspaper, one that’s worth both your money and your time, you will be fighting for a better world.

You can download the posters (...)

By: Pedro Monteiro»


Agora toca a espalhar a mensagem....

terça-feira, março 17, 2009

A produção da informação

Bem a propósito da matéria leccionada no âmbito da unidade curricular de Sociologia da Comunicação, para ler as três referências de Rogério Santos no Indústrias Culturais.


Fica aqui um cheirinho do Newsmaking I - um reparo sobre o mesmo assunto tratado na edição online do Público e posteriormente publicado na edição impressa -.

«Na internet, o texto tinha quatro blocos. Na notícia em papel, surgem apenas os dois blocos iniciais, com alguns ajustamentos. O que se omitiu na edição em papel foi fundamentalmente as vozes de especialistas ou outros que discordavam do modelo de museu da rádio.
O que aqui e agora quero salientar é a constatação da limitação ou constrangimento da edição em papel: o espaço disponível. O essencial (positivo) da informação está no papel; logo, o jornal prestou um bom serviço. Mas a ideia de contraste de opiniões, de exploração de contradições desaparece, apesar do texto em papel criticar a inexistência do museu da rádio como a lei da rádio o indica; logo, o jornal não informou bem.
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Ver também Newsmaking II e III.

quinta-feira, março 12, 2009

Para pensar: porque lemos menos jornais...

«A salutar procura da diferença»

Qual é a responsabilidade dos editores de jornais na crise da imprensa? A coluna desta semana do prof. Nobre-Correia abre alguns caminhos para a resposta.
A salutar procura da diferença

Num mar de semelhanças, uma réstia de prazer e de inteligência…

Que se assiste há muito a uma erosão do “leitorado” da imprensa, e sobretudo dos diários, é uma evidência. E é notório que esta erosão se acentuou nestes últimos tempos. Para além de outras razões, duas são regularmente avançadas pelos leitores para explicar o seu afastamento dos jornais e mais particularmente dos diários : globalmente, dizem todos a mesma coisa e são cada vez mais superficiais, incapazes de aprofundar o que a rádio e a televisão já disseram.

É verdade que, quando se percorrem os diários generalistas, tem-se muitas vezes a sensação que a “agenda” que preside à concepção editorial de cada um deles é bastante semelhante. Que são os mesmos temas que constituem boa parte dos “menus” propostos por uns e por outros. E que a tendência dominante é propor “peças” cada vez mais curtas e desprovidas de substância.

Editores há na Europa que perceberam este descontentamento e esta insatisfação. Como em França. Historicamente, a primeira iniciativa terá sido a do Courrier International, em Novembro de 1990. Um conceito simples : sair do meio jornalístico “hexagonal” e propor semanalmente abordagens da actualidade publicadas por jornais de outros países. E o sucesso está à vista : uma difusão paga de 216 534 exemplares.

Duas iniciativas recentes : o bimestral La Revue internationale des Livres et des Idées, em Setembro de 2007, e o mensal Books, em Dezembro de 2008. Ambas procuram tratar da “actualidade pelos livros do mundo”, dando larga importância ao que se publica fora de França, em textos assinados por autores não francófonos. Mas o grande novidade é XXI, um trimestral de 210 páginas lançado no Inverno de 2007-08. Consagrado ao jornalismo de inquérito e de reportagem, um ano depois vende 35 mil exemplares em média.

Iniciativas que provam haver leitores que não se conformam com abordagens tacanhamente nacionais da actualidade. Nem com a incapacidade em dar largas à estética da escrita e da ilustração, insuflando nos leitores uma réstia de prazer e de inteligência…


Artigo de J.-M. Nobre-Correia, professor na Université Libre de Bruxelles
Diário de Notícias, 7 Mar. 2009
Fonte Clube dos Jornalistas

Para pensar: A importância de uma boa 1ª página

Curta análise à importância de uma boa primeira página na conquista do público num artigo de Rolf Kuntz...

Uma primeira página vigorosa ainda é um prazer, mesmo para leitores profissionais e veteranos. Isso depende, é claro, da escolha do assunto e da competência na produção do título e do texto, geralmente curto, para a capa do jornal. Título forçado e matéria turbinada não valem. Despertam dúvidas quanto à seriedade ou a competência de quem prepara o material.

Pode ser anacronismo, mas sente-se falta, às vezes, do velho culto à página mais nobre. Escrever para a primeirona era tarefa para redatores de elite, em geral competentes na gramática e no estilo. Além disso, a escolha da manchete dava trabalho. Idealmente, era preciso combinar a importância objetiva do assunto e seu atrativo para o chamado leitor comum, uma figura ainda hoje misteriosa. O declínio dessa arte parece ter acompanhado a perda de importância da venda em bancas e em pontos estratégicos, como paradas de ônibus.


Artigo para ler em Observatório de Imprensa

Valsa com Bashir, 15 de Março, Biblioteca da Feira


O filme de animação A Valsa com Bashir é o filme em exibição na Biblioteca de Santa Maria da Feira, a 15 de Março (21h30). A película de origem israelita foi realizada por Ari Folman.

«Uma noite num bar, um velho amigo de Ari Folman conversa com ele sobre um pesadelo recorrente no qual é perseguido por 26 cães enraivecidos. Todas as noites, o mesmo número de monstros. Os dois homens chegam à conclusão que há uma ligação com o exército israelita, durante a sua primeira missão na primeira guerra do Líbano no início dos anos 80. Ari fica surpreendido pelo facto de já não se lembrar de nada desse período da sua vida. Intrigado por este enigma, decide entrevistar velhos amigos e camaradas por todo o mundo. Ele precisa de descobrir a verdade sobre essa altura e sobre ele próprio. Enquanto Ari se envolve cada vez mais no mistério, a sua memória começa lentamente a despertar imagens surreais...»
Fonte Sinopse [cinema.ptgate.pt]

Diferentes «Olhares» no Centro Português de Fotografia




Foto de Jonne Roriz "Cara a Cara"

O Centro Português de Fotografia recebe a 21 de Março a exposição Olhares para assinalar os cinco anos do site com o mesmo nome. A mostra estará patente até 26 de Abril de 2009, na Sala Joshua Benoliel, e é constituída por 20 imagens de autores portugueses e brasileiros, resultantes do livro.

segunda-feira, março 09, 2009




Conferência Sports Marketing 09 no Porto


W. Sutton, presidente da Associação Americana de Marketing Desportivo, estará no Porto, a 25 de Março, para um encontro com alguns dos maiores especialistas em Marketing Desportivo.
A iniciativa decorre no Edifício da Alfândega do Porto e serve para apresentar as novas tendências e oportunidades que prometem fazer do desporto um negócio ainda mais envolvente e rentável.
O evento servirá ainda de palco ao lançamento do livro "Sports Marketing – As Novas Regras do Jogo", da autoria de Carlos Sá e Daniel Sá. Através da análise de diversos casos práticos, a obra clarifica a forma como o marketing pode ser um precioso aliado de organizações profissionais, semi-profissionais e amadoras.

Inscrições a metade do preço até 11 de Março


Inscrição desde 40, 60 e 100 euros para profissionais e público em geral. Porém, até à próxima quarta-feira, dia 11 de Março, há desconto de 50 por cento.
Mais informações em www.ipam.pt/sm09.

quarta-feira, março 04, 2009

São como um cristal, as palavras. Algumas, um punhal ... como diria Eugénio

Manifesto dos 119 contra o despedimento colectivo/selectivo na Controlinveste

O Manifesto de 119 pessoas do mundo das letras, da música, das ciências e trabalhadores do sector da comunicação social, foi divulgado a 4 de Março.

O manifesto surge no âmbito do despedimento de 119 trabalhadores do Grupo Controlinveste e que inclui profissionais do “Jornal de Notícias”, “Diário de Notícias”, “24 Horas” e “O Jogo”.

o mesmo documento alerta para novas vagas de despedimento em curso.

CONSULTAR MANIFESTO COMPLETO AQUI.


(...)
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?

Eugénio de Andrade, As Palavras

Para ler e pensar: O Mito do Texto Curto

O mito do texto curto

André Abreu apresenta num pequeno texto disponível online no blogue Intermezzo as suas considerações sobre a dimensão dos textos na era da Internet.
Ficam aqui uns pedaços e ideias para se reflectir: E eu como gosto de ler na net?

«
Já passamos da primeira década de internet disseminada e ainda ouço de alunos e colegas a máxima: “Na internet, o texto tem que ser curto, não é?”. Não, não é.


Definindo


Desde os primórdios, o hiperlink permite, entre outras coisas, a fragmentação de qualquer conteúdo em pedaços, ou chunks, em inglês. Com isso, deixamos a cargo do usuário decidir o quanto ele irá se aprofundar em determinado assunto.


Essa é uma das principais vantagens do texto digital em relação ao analógico. No segundo, como há limitações de tempo e espaço (...). Por exemplo, um jornalista do Mais! – caderno do jornal Folha de S.Paulo sobre cultura – certamente se sente à vontade ao discorrer sobre Schopenhauer, pois imagina que a média dos seus leitores conhecerá o filósofo. Por outro lado, o repórter do jornal Extra, periódico popular do Rio de Janeiro, seria obrigado a fazer uso de um longo aposto para contextualizar o seu público-alvo sobre quem é o autor e o que ele fez de importante.


O jornalismo tradicional é formado por esses pequenos e praticamente inconscientes preconceitos. Na prática, nem todos os leitores do caderno Mais! são eruditos e nada garante que os do Extra não o são. Entretanto, pelas limitações do suporte, o jornalista é obrigado a desenhar em sua imaginação o público-alvo e moldar seu texto a ele.

(...)
Já pensou o que seria da internet como fonte de pesquisa se todos levassem a sério o mito do texto curto? Mudar a maneira como se aprendeu a escrever é difícil. Como começar a escrever de forma não-linear e em camadas depois de toda uma vida alfabetizado na linearidade.
(...)
»

O Mito do texto curto (para ler na íntegra)
Fonte: Intermezzo