segunda-feira, novembro 05, 2007

Apresentação de livro: "A sétima porta" Richard Zimler


Apresentação do livro "A sétima Porta" com a presença do autor Richard Zimler, na livraria Entrelinhas, S. João da Madeira (junto ao tribunal), na próxima Sexta-feira, dia 9 de Novembro pelas 21.45h.

terça-feira, outubro 30, 2007

"A guerra dos mundos"


O LEGADO DO MEDO


Em 1938, aos 23 anos, o promissor Orson Welles, tendo como "pano de fundo" o livro "A Guerra dos Mundos", de H. G. Wells, "encena" num programa de rádio uma invasão de extraterrestres.


"Usando o microfone da rede de Rádio CBS, na programação do Mercury Theater, para o programa do tradicional Dia das Bruxas nos EUA, começou a transmitir um jantar-dançante, o qual, a partir de determinado momento, passou a ser interrompido por sucessivos boletins, cada vez mais dramáticos, descrevendo o desembarque de naves marcianas nos Estados Unidos.
Por uma série de factores, a transmissão teve uma audiência maior do que a normal. A qualidade da interpretação e um contexto histórico carregado de tensões, levaram a um resultado explosivo: um em cada cinco ouvintes não notou que se tratava de uma obra de ficção e parte considerável do público acreditou que a Terra estava realmente a ser invadida por marcianos.


Publica o Jornal Correio do Povo, de Porto Alegre-RS, a 31 de outubro de 1938: "A pesar do speaker ter advertido por quatro vezes durante o programa que se tratava apenas de uma ficção, houve pânico nos Estados Unidos". Milhares deixaram as suas casas, tentando fugir das cidades. O pânico provocou acidentes em série, prejuizos incalculáveis e até suicídios. Nunca mais a sociedade norte-americana olharia a rádio da mesma maneira.

"Guerra falsa na rádio espalha terror pelos Estados Unidos"Manchete do jornal Daily News de 01.11.38
"... Fizemos o que deveria ser feito. Aniquilamos o mundo diante dos seus ouvidos e destruímos a CBS. Mas vocês ficarão aliviados ao saber que tudo não passou de um entretenimento de fim-de-semana. Tanto o mundo como a CBS continuam a funcionar bem. Adeus e lembrem-se, pelo menos até amanhã, da terrível lição que aprenderam hoje à noite: aquele ser inquieto, sorridente e luminoso que invadiu a sua sala de estar, é um representante do mundo das abóboras e, se a campainha de sua porta tocar e ninguém estiver lá, não era um marciano... é Halloween (...)". (ver mais)


Fontes:

Informação adicional em:





A Guerra dos Mundos




Excerto emissão:


"Locutor - Não há previsão de grandes mudanças de temperatura nas próximas 24 horas. Uma ligeira depressão atmosférica, de origem desconhecida, foi observada nas proximidades de Nova Escócia; em consequência, é possível que caiam chuvas leves sobre os Estados da Região Norte. Máxima: 66 graus Fahrenheit; mínima: 48 graus. Previsão do Instituto Meteorológico Nacional. A partir deste momento passaremos a transmitir directamente do Meridian's Room, no Hotel Plaza, com Raymond Russelo e sua orquestra.


Música Espanhola-

Senhoras e senhores, boa noite. Directamente do Meridian's, do Hotel Plaza, no centro de Nova York, apresentamos a orquestra de Raymond Russelo, que vai Interpretar La Cumparsita.


Música


-Senhoras e senhores, interrompemos o nosso programa de música de dança a fim de transmitir um boletim extrada Intercontinental Radio News.

Às l9h40m de hoje, o professor Farrel, do observatório do Monte Jennings, em Chicago, Illinois, informou ter observado, sobre a superfície do planeta Marte, em intervalos regulares, várias explosões de gás Incandescente. O espectroscópio indicou que o gás em questão é hidrogénio e que as suas partículas se deslocam rumo à Terra com velocidade fantástica. O fenómeno foi confirmado pelo professor Pearson, do Observatório de Princeton, que o descreveu com as seguintes palavras; "Parecem chamas azuladas saídas do cano de um revólver".

Voltamos agora a transmitir do Meridian's Room do Hotel Plaza, no centro de Nova York, com a orquestra de Raymond Russelo.


Música e aplausos

- E agora ouvirão o sucesso de sempre, Stardust. com Raymond Russelo e sua orquestra.

Stardust


Interrupção


- Senhora e senhores, dando sequência ao boletim noticioso irradiado há poucos instantes, podemos informar agora que o Governo acaba de pedir a todos os observatórios do país que acompanhem ininterruptamente, através de seus telescópios, as mudanças em curso no planeta Marte. Levando em conta a natureza excepcional do fenómeno, entrevistamos o célebre professor Person que nos vai dar a sua opinião sobre o mesmo.

Enquanto aguardamos a ligação com o Observatório de Prtnceton Nova Jersey, continuemos a ouvir a orquestra de Raymond Russelo.


Stardust


- Deslocamo-nos agora para o Observatório de Princeton, onde Carl Philips, nosso enviado especial, entrevistará o professor Richard Pearson. Com vocês, Princeton.


Durante toda a sequência ouve-se, ao fundo, um tique-taque mecânico (...)".

sexta-feira, outubro 26, 2007

Curso de produção e aúdio

A d'Orfeu promove um curso intensivo de Som e Produção áudio, a decorrer em Águeda nos meses de Novembro e Dezembro.

É dirigido a todos os que trabalham ou pretendem trabalhar nesta área como técnicos de som (profissionais, amadores ou... curiosos) ligados à área do espectáculo e da produção cultural, essencialmente na área da música.

Os participantes terão contacto com as "máquinas" e as técnicas necessárias, servindo como base para a produção e a devida entrega de um espectáculo a quem o assiste: o público. Esta mesma entrega pode ser directamente do palco para a assistência ou pode ser simplesmente gravado e "entregue" mais tarde. Cadeia de áudio, microfones/captação, transdutores, potenciómetros, o directo, analógico/digital e software de áudio são as áreas de estudo previstas.

domingo, outubro 21, 2007

Lançamento: livro sobre publicidade, dia 22

No dia 22 de Outubro, pelas 18h30 decorre a apresentação do livro "Técnica e Estética na Publicidade", da autoria de Fernando Peixoto, na Fnac do Norteshopping:






domingo, outubro 14, 2007

CULTURA ERUDITA, CULTURA POPULAR, CULTURA DE MASSAS

"Questionamento à volta de três noções (a grande cultura, a cultura popular, a cultura de massas)" é o título de um ensaio, da autoria de Maria de Lourdes Lima dos Santos, que foi analisado por Gisela Gonçalves num artigo trabalhado na aula do dia 8 de Outubro e a continuar na aula do dia 15 de Outubro.

PONTOS PRINCIPAIS A DEBATER:
  • grande cultura/ cultura popular/ cultura de massas
    · Sociologia da cultura, que se dedica ao estudo das obras de produção nobre (domínio do saber constituído),
    · a sociologia da vida quotidiana, que como o nome indica, estuda as práticas culturais no domínio da experiência existencial
    · e a sociologia da comunicação, concentrada nas manifestações da cultura de massas.
  • "Mercantilização da produção cultural"/ quais as novas formas ligadas à produção em série e qual o efeito da reprodutividade na avaliação das legitimidades culturais.
  • Pierre Bourdieu (campo social, habitus e homologia)
    capital cultural (conhecimentos legítimos),
    capital social ( diferentes tipos de relações valorizadas)
    capital simbólico (prestígio e honra social),
    Todas as configurações sociais passíveis de se estabelecerem entre os quatro tipos de capital, desenvolvem-se sobre um espaço pré-configurado a que Bourdieu denomina «Campo social» : "Eu defino um campo como uma rede, ou uma configuração, de relações objectivas entre posições definidas objectivamente, na sua existência e nas determinações que impõem aos seus ocupantes, agentes ou instituições, pela sua situação presente e potencial ... na estrutura de distribuição do poder (ou capital), cuja posse comanda o acesso aos benefícios específicos que estão em jogo no campo, assim como pelas suas relações objectivas com outras posições... " (EXCERTO)
    Como essas posições sociais são estruturadas em termos de relação de poder estabelecem-se relações de dominação, subordinação ou equivalência (homologia) com outras, em virtude do acesso que possuem aos bens ou fontes (capital) que estão em jogo no campo.

  • produtos da cultura de massas - são efémeras

  • É caso para questionar, "O que aconteceu à cultura popular com a massificação da cultura?". Segundo a autora Mª de Lourdes Lima dos Santos há duas posições principais: ou sobreviveu amordaçada, reproduzindo-se até aos nossos dias; sobrevivendo adulterada sob o controlo e a tolerância das autoridades - caso do aproveitamento turístico do folclore; ou então, não ficou reduzida a esta concepção restrita de cultura - jogos, festas, tradições - mas alargou-se e actualizou-se.
  • críticos - a quem se reconhece competência para definir a legitimidade cultural das novas obras. O crítico conhecedor é a figura que sustenta o culto da raridade da obra d’arte, do mito carismático do criador singular - a legitimidade cultural. O crítico é também o mediador que assegura a boa conjugação entre poder, riqueza e saber, garante do gosto cultivado e regido por um conhecimento especializado.

  • consumismo cultural

A lógica consumista separa um "Antes" e um "Depois" da cultura moderna: "Antes" existia uma dinâmica interna dos grupos, onde as trocas se efectuavam ao ritmo das necessidades desses públicos; "Depois" toda a dinâmica, desde a produção ao consumo é ordenada por leis comerciais e a circulação de bens culturais é determinada por uma lógica externa - critérios económicos e não culturais. "Antes" existiam "Públicos de Cultura", "Depois" há um"Mercado de Cultura", consumidores e espaços consumistas.

  • culturas urbanas, cultura da massa, cultura de consumo, cultura mediática, indústrias culturais. Cultura urbana demarca-se mais facilmente das outras expressões porque têm audiências socialmente bastante diferenciadas e uma difusão restrita, se comparada com a cultura mediática nacional e internacional.
  • A cultura de massa, a cultura de consumo, a cultura mediática e indústrias de cultura são conceitos sinónimos, e que têm como referente o sector de produção, reprodução e difusão de bens e serviços culturais de série, regido por critérios prioritariamente económicos.
    Esta terminologia é utilizada contraposta ao conceito de grande cultura, cultura dominante, ou cultura de elite, que por sua vez se opõe a cultura popular, pequena tradição ou cultura tradicional.
  • Umberto Eco, na obra "Apocalípticos e Integrados" disserta sobre a noção de "Cultura de massas", considerando-a ambígua e imprópria.
    Do lado dos Apocalípticos há uma perspectiva pessimista da cultura de massas. No sentido tradicional, a cultura é um facto aristocrático, a cultivação ociosa, assídua e solitária de uma interioridade que se afina e se opõe à da multidão; só atingida pelas classes que dispunham de ócio para se dedicarem à cultivação. (...) Nesta perspectiva, a amálgama das massas só é superada por quem tiver a capacidade de lhe fugir: os "super-homens".
    Do lado dos Integrados a perspectiva já é optimista. Estes defendem que estamos a viver, com a cultura de massas, uma época de alargamento da área cultural - de democratização cultural. A TV, o jornal, a rádio, o cinema, a banda desenhada, o Reader’s Digest, são meios de comunicação que colocam os bens culturais à disposição de todos.

  • Críticas e defesas à cultura de massas
    1) Crítica: Os mass media dirigem-se ao público em geral; difundem por todo o globo uma cultura de tipo homogéneo; destroem as características culturais de cada grupo étnico - perda da consciência própria de grupo cultural com características específicas. Por isso, o público não manifesta exigências perante a cultura de massa; apenas se sujeita às suas propostas sem saber; Defesa: Ao contribuírem para a homogeneização do gosto e da cultura, os media servem para unificar as sensibilidades nacionais - conduzem ao nacionalismo.
    2) Crítica: Os media estão inseridos num circuito comercial sendo submetidos à lei da oferta e da procura - defender a cultura de massas é rebaixar a cultura superior ao mesmo nível dos outros bens de consumo. E quando difundem a cultura superior difundem-na "condensada" na forma mais económica e mais facilmente assimilável (por exemplo, fascículos de grandes pintores, grandes maestros, etc). Esta crítica é bem ilustrada pela frase de Hannah Arendt, «A cultura de massas faz dos clássicos não obras a compreender mas produtos a consumir»; Defesa: A cultura de massas não veio tomar o lugar de uma cultura superior. Apenas se difundiu junto das grandes massas populacionais que antes não tinham acesso aos bens de cultura. A indústria cultural permitiu a democratização da cultura.
    3) Crítica: Os media encorajam a uma visão acrítica e passiva do mundo porque ao nível de conteúdo, dão grande informação sobre o presente, "entorpecendo" qualquer consciência histórica. Os media tendem a provocar emoções em vez de a representarem; em vez de sugerirem uma emoção entregam-na já confeccionada. Defesa: A grande acumulação de informação não resulta em apatismo mas sim em formação, porque a variedade de informação sensibiliza o homem perante o mundo. Segundo Umberto Eco, toda esta problemática se encontra mal formulada. A defesa dos mass media peca por um certo "liberalismo económico": a convicção de que a circulação livre e intensiva dos vários produtos culturais de massas seja naturalmente boa e não necessita de ser submetida a uma orientação. Esquecem o facto de que a partir do momento em que a cultura é produzida por grupos de poder económico com fins lucrativos, fica submetida a todas as leis económicas que regulam o fabrico, a venda e o consumo dos outros produtos industriais: o produto deve agradar ao cliente, não lhe deve causar problemas, o cliente deve desejar o produto e ser induzido à sua progressiva substituição. «O erro dos apocalípticos-aristocratas é o de pensarem que a cultura de massas seja radicalmente má precisamente porque é um produto industrial, e que hoje possa acontecer uma cultura que se subtraia ao condicionalismo indústrial».
    (citação de UMBERTO ECO).
  • DILEMAS DA CULTURA DE CONSUMO


Primeiro, ao observar a antinomia inovação/standartização, constata que para lá da oferta de produtos standart, as indústrias culturais tendem a desenvolver uma oferta de produtos para públicos diferenciados, logo, a disputa pelos públicos consumidores pode abrir lugar à inovação. Da mesma forma, a natureza diferenciada das indústrias culturais constitui um factor de relativização dos efeitos massificadores que lhes podem ser imputados.
Um outro dilema importante, também referido por Lima dos Santos, é o dos interesses culturais versus interesses económicos. A inovação e a criação original é quase sempre uma ameaça financeira a evitar - caso dos produtores independentes e suas dificuldades financeiras. Por outro lado, há penetração do capital na produção, circulação e consumo cultural. Este processo organiza-se segundo um jogo com duas lógicas contrárias: reprodutibilidade capitalista e raridade da obra. O trabalho cultural ao ser inserido no processo da Indústria Cultural, transforma-se em trabalho colectivo. Por isso, continua a ser valorizado segundo o ideal do criador e princípio da raridade. É o exemplo do star-system.

ADVERTÊNCIA: As partes em itálico são excertos do artigo de Gisela Gonçalves.

quarta-feira, outubro 10, 2007

Plágio na publicidade

"Sony Bravia acusada de plágio
2007/10/10Pedro Quedas (Fonte: BRIEFING)

O mais recente anúncio criado pela Fallon para a Sony Bravia, que mostra vários coelhos animados em plasticina, gerou acusações de plágio por parte de uma dupla de artistas californianos, conhecidos por Kozyndan.
O duo acusa a agência de ter pedido para ver amostras do seu trabalho há dois anos atrás, no qual se incluía uma panorâmica com vários coelhos coloridos, no qual alegadamente se teriam inspirado.
Segundo um artigo do site BrandRepublic, a Fallon nega que os conceitos visuais a que chegaram neste anúncio tenham tido qualquer referencia ao trabalho dos Kozyndan. Já num anterior anúncio para a Sony Bravia, a agência tinha sido acusada de copiar a sua ideia de um sketch num talk show norte-americano."

Informação retirada na íntegra da BRIEFING

De se lhe tirar o chapéu...

Inauguração da exposição temporária OS CHAPÉUS DOS MEUS HERÓIS, no próximo dia 11 de Outubro, quinta-feira, pelas 16h.

Da Banda Desenhada, ao cinema e à televisão, muitos são os heróis e os vilões que fizeram do chapéu a sua imagem de marca e, mais do que isso, fizeram associar ao chapéu que usam diversas características de personalidade e forma de estar na vida!
Compreender esses personagens através dos seus chapéus é o objectivo desta exposição, totalmente inédita em Portugal, que apresentará belíssimas réplicas dos mais conhecidos personagens do mundo dos desenhos animados!
Entrada Gratuita
Horário:das 10h30 às 12h30 das 14h30 às 18h00

Fonte: Museu da Chapelaria

quarta-feira, outubro 03, 2007

Instintos Ocultos



Hoje, dia 4 de Outubro, está em Águeda o incrível, contundente, corrosivo e sempre polémico Leo Bassi. Quem não ouviu falar dele no Imaginarius?

A partir das 21h45.


Ver programação Festival Gesto Orelhudo em posts anteriores.

Slampampers: uma proposta para rir

Mr. Muggin' Buzz Base, Mr. Lonny Love, Eddie D. D. Edison e Dr. Alban Jive ao vivo e a cores

Slampampers nos Paços da Cultura em S. João da Madeira

Quinta-feira, 4 de Outubro, 21h45

Auditório dos Paços da Cultura de S. João da Madeira
Custo do bilhete: 5 euros (à venda no local)

«“Slampampers”, uma extravagância de quatro “musicómicos”, na linha dos mais hilariantes concertos “clown”. É esta a proposta dos Paços da Cultura de S. João da Madeira para quinta-feira, 4 de Outubro, a propósito do Dia Mundial da Música, que se assinala esta semana. O início está marcado para as 21h45».
Fonte: Câmara Municipal de S. João da Madeira

O mundo: preto no branco

A Campanha da Amnistia Internacional é um exemplo de como uma ideia simples pode transportar uma mensagem de resolução muito complicada.

terça-feira, outubro 02, 2007

"Madness": o email anónimo

Mesmo a propósito da recomendação do Conselho Deontológico dos Jornalistas - português - surge um exemplo da euforia da cobertura jornalística que privilegia um email anónimo enviado ao Princípe Carlos:

«A polícia britânica tem estado unicamente a trabalhar sobre aquilo que o casal McCann pretende e lhe convém», disse ao Diário de Notícias o coordenador do caso e responsável pelo Departamento de Investigação Criminal (DIC) de Portimão. Gonçalo Amaral comentava assim a notícia publicada segunda-feira em vários jornais ingleses dando conta de um e-mail anónimo enviado para o site oficial do príncipe Carlos que acusa uma ex-empregada do The Ocean Club, empreendimento de onde desapareceu Madeleine McCann, de ter raptado a menina por vingança. Gonçalo Amaral disse ao DN que tal informação não «tem qualquer credibilidade para a polícia portuguesa», estando «completamente posta de parte».

Fonte:Visão Online - Ligação Caso Maddie

"Madness" - a urgência do novo: ass recomendações

O Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas (CD) emitiu uma recomendação às direcções dos órgãos de comunicação social e aos jornalistas a propósito da cobertura do caso Madeleine McCann, para que alguns erros que foram cometidos neste processo sejam evitados em situações futuras".

As recomendações enumeradas na circular:

1 – Evitem que as notícias, deste ou de outro caso com repercussões públicas relevantes, privilegiem as audiências em detrimento da verdade factual e que a especulação vença o rigor;
2 – O uso de fontes anónimas deve ser uma excepção e, se usado, exige critérios muito rigorosos, tendo em conta o risco de promover o boato e a especulação;
3 – Promovam a pronta rectificação das informações que se revelem inexactas ou falsas (cf. nº 5 do Código Deontológico);
4 - Tenham um especial cuidado no tratamento da informação, procurando apoio de especialistas externos e independentes que possam elucidar os jornalistas (e consequentemente os leitores) sobre matérias de elevada complexidade e que exijam conhecimentos científicos e jurídicos.
5 – Ponderem sobre a supremacia do direito constitucional de informar sobre os demais direitos em jogo, e que, desse modo, tenham um especial cuidado na exposição de informação da esfera privada de eventuais suspeitos, arguidos ou réus antes de uma eventual sentença transitar em julgado.
6 – Devem fazer uma análise ponderada da forma como se tem estado a realizar a cobertura do caso Maddie para que os eventuais atropelos às regras deontológicas não sejam repetidos no futuro.

Salienta-se ainda que:
o uso de fontes anónimas não desresponsabiliza o jornalista; pelo contrário, obriga-o a um redobrado cuidado, pois em caso de a informação se revelar falsa será a credibilidade do jornalista e do seu órgão de comunicação social que está em causa. E não apenas em relação a esse trabalho.”

A estrutura deontológica recomenda assim que se evitem notícias que privilegiem as audiências em detrimento da verdade factual e em que a especulação vença o rigor, que se sigam critérios muito rigorosos para o uso de fontes anónimas e que se promova a pronta rectificação de informações que se revelem inexactas ou falsas, conforme o n.º 5 do Código Deontológico.

A recomendação apela ainda a que os jornalistas tenham um especial cuidado no tratamento da informação, procurando apoio de especialistas externos e independentes que os possam elucidar sobre matérias de elevada complexidade e que exijam conhecimentos científicos e jurídicos, levem em consideração o direito à privacidade de eventuais suspeitos, arguidos ou réus e analisem os eventuais atropelos à deontologia ocorridos neste caso para que os mesmos não se repitam.

Fonte: Informação retirada do Sítio do Sindicato dos Jornalistas

quinta-feira, setembro 27, 2007

E Águeda aqui tão perto...

«É grande a curiosidade que desperta cada nova programação do Festival “O Gesto Orelhudo”, evento único à escala nacional dedicado à fusão música-teatro-humor.

A 6º edição abre a 29 de Setembro com “The First Vienna Vegetable Orchestra” (Áustria) e prossegue em Águeda até 6 de Outubro com outras companhias da Holanda, Espanha, Brasil, Itália e Portugal.

“O Gesto Orelhudo” é um festival que marca as suas propostas pela mais insólito e inusitado humor músico-teatral.


Uma co-produção da d’Orfeu Associação Cultural e da Câmara Municipal de Águeda, com o envolvimento activo do Ministério da Cultura e da Direcção-Geral da Artes, entre outros apoios regionais, nacionais e internacionais.


Para além da mundialmente aclamada “Vegetable Orchestra” - grupo que toca música contemporânea com vegetais cujo destino é uma grande sopa oferecida ao público no final - o festival traz a Portugal outros nomes grandes. Se abre bem, fecha melhor, com os madrilenos “Yllana” a apresentarem um concerto cómico de música clássica sugestivamente intitulado
“PaGagnini”.

Noutro momento alto do programa, o provocador cómico italiano Leo Bassi, conhecido pelas maiores loucuras em palco, é bem capaz de pôr Águeda a rir como nunca riu, pelo que se apresenta como uma ameaça à paz cultural da cidade.


Os “Mofa&Befa”, a mais louca companhia galega da actualidade, descem a Águeda para apresentar o impagável espectáculo non-sense “Sempre ao Lonxe”. Os musicómicos holandeses Slampampers repetem presença após o êxito estrondoso de 2006, voltando ao palco principal, mas agora convidados também para apresentar o seu extravagante concerto junto do público infanto-juvenil nas Escolas do concelho. Neste âmbito, participa ainda uma companhia nacional, o Trigo Limpo teatro ACERT, ajudando o festival a cruzar os bancos da escola com a sua última multifacetada criação para a infância “Andar nas Nuvens”. »

Fonte: D'Orfeu Associação Cultural

quarta-feira, setembro 26, 2007

Primeiro no blogue...depois na banca


Aqui está uma estratégia de comunicação à qual se deve estar atento...

"A revista americana The Economist identificou os 100 blogs políticos mais influentes nos Estados Unidos da América e decidiu fornecer-lhes as notícias que vai publicar na edição impressa com um dia de antecedência. Desta forma, a publicação pretende criar ruído e comentários dos bloguistas em torno destes assuntos que vão publicar mesmo antes da revista chegar às bancas". (Notícia de Inês Rosado Fonseca)
Fonte: BRIEFING

26/09: O comércio electrónico é realmente seguro?

O comércio electrónico é realmente seguro?
Quais os cuidados a ter para garantir mais segurança?

Estas e outras questões serão debatidas hoje, quarta-feira, 26 de Setembro, pelas 21h30, no auditório do Museu da Chapelaria, em S. João da Madeira.

Trata-se de uma sessão de esclarecimento sobre comércio electrónico que conta com a presença de um jurista da DECO, no âmbito da iniciativa "Encontroscom Sumo", promovida por esta associação de defesa do consumidor, com o apoio da Área Metropolitana do Porto.

A participação é gratuita.
Inscrição por mail (museu.chapelaria@gmail.com) com indicação do Nome, morada, telefone ou telemóvel e e-mail.
Se preferir poderá também telefonar para o número 256 200 205.

Museu da Chapelaria
Rua Oliveira Júnior, 501 3700 S. João da Madeira
T. +351 256 201 680 F. +351 256 201 689
http://museudachapelaria.blogspot.com

terça-feira, setembro 25, 2007

Por culpa de Fidel


POR CULPA DE FIDEL (página oficial)

Filme a em exibição a 30 de Setembro na Biblioteca de Santa Maria da Feira (21h45) - CINECLUBE DE SANTA MARIA DA FEIRA

Sinopse:
"Anna tem 9 anos. Para ela, a vida é simples, ordeira e de hábitos instalados. Uma vida que decorre confortavelmente, entre Paris e Bordéus.Mas eis que entre 1970 e 1971, o compromisso político assumido por seus pais, da extrema esquerda, muda a vida de Anna. Primeiro, o seu tio, comunista e envolvido na luta contra o regime de Francisco Franco, desaparece, possivelmente assassinado pela guarda-civil espanhola. Posteriormente, após uma viagem ao Chile, durante a presidência de Salvador Allende, Marie e Fernando (os pais de Anna) decidem por em prática as suas ideias políticas.Termina assim a tranquilidade na casa dos arredores de Paris, que começa a ser visitada por camaradas "vermelhos e barbudos", por pessoas que sonham com a Revolução de Fidel Castro. Termina a época da educação religiosa e, sobretudo, a calma que caracterizava a vida da menina".

Bilhete: 3 €

sábado, setembro 22, 2007

“A Verdade Confiscada - escândalo, a armadilha da nova censura"

As verdades construídas
Por: Bárbara Pereira

Joaquim Letria, autor dos livros A Verdade Confiscada e Histórias para Ler e Deitar Fora, iniciou a sua carreira de jornalista em 1962, no Diário de Lisboa. Foi repórter em Londres e director da informação não diária da RTP. Interrompeu a sua actividade jornalística para colaborar como porta-voz do Presidente da República e abandonou-a em 1989. Actualmente, desenvolve a sua actividade profissional como consultor de comunicação e gestão de informação para empresas nacionais e multinacionais e para administrações públicas de diferentes estados.
O autor aproveita a sua longa experiência profissional para dar a conhecer a sua visão negativa face ao jornalismo actual. Colaborador de inúmeros jornais e revistas, assim como, de vários programas de rádio e televisão, reprova os Meios de Comunicação e o Poder Político.
A obra compreende essencialmente três temas, o papel de jornalista, a sociedade globalizada e o fenómeno da Internet. Segundo este, a Imprensa tem decaído cada vez mais, vivendo obcecada com personalidades, histórias sensacionalistas, sexo e marginalidade.
Neste sentido, o autor, considera que os Meios de Comunicação Social não mostram o mundo e as pessoas como elas são. Eles mostram-nos “verdades construídas” (Joaquim Letria, 13, 1998). Esta realidade é-nos difundida de forma a não entrar em conflito com a nossa consciência. Os Meios de Comunicação procuram indicar-nos, de forma subtil, o caminho a seguir, de acordo com os seus interesses.
Este repreende, ainda, os jogos de conveniência, os negócios, a persuasão e as influências que se escondem por detrás de uma notícia.
O escritor analisa as mudanças ocorridas, ao longo do tempo, nos Meios de Comunicação e na profissão de jornalista. Cada vez mais, o jornalista tem de escolher entre a grande informação de que dispõe e aquela que quer, ou que lhe é imposta, para que chegue ao público. Em contrapartida, hoje em dia, o público tem várias opções de escolha, o que nunca aconteceu anteriormente.
A grande competição pelas audiências está igualmente a afectar o espírito dos média e a influenciar negativamente o público. Se por um lado, o debate de ideias e os programas de acção se tornaram superficiais, desinteressantes e inconsequentes, por outro, a Imprensa não perdeu muita influência na formação da opinião pública. A tendência é para que tudo se torne espectáculo. Desta forma, encobrem-se os verdadeiros problemas e não se fala do que realmente é importante para a sociedade.
Joaquim Letria aborda, com alguma exuberância, a relação entre os Órgãos do Poder e os Meios de Comunicação Social. Conforme o autor explica, o espectáculo ou escândalo, que cada vez mais se favorece nos média, tem como finalidade a eliminação política ou profissional de alguém. Assim sendo, os grandes grupos económicos ligam-se ao meio do jornalismo para obterem influência politica e social.
Note-se ainda, que o autor menciona o facto da profissão de jornalista ter conquistado repentinamente um grande interesse. Esta procura desmedida reflecte-se negativamente na nossa sociedade e no jornalismo dos nossos dias.
Por outro lado, é destacado o fenómeno da Internet. Esta, para além de interligar milhões de pessoas, veio informar-nos. A Internet introduziu a liberdade de escolha e o acesso ao mundo, na nossa sociedade. Desta forma, o público apenas consome aquilo que quer.
Com a Internet as pessoas começaram a aperceber-se de como estavam a ser manipuladas, tanto pelos órgãos de comunicação, como pelo poder político.
A presente obra ajuda a entender as mudanças ocorridas na sociedade e os mecanismos que influenciam a forma e o conteúdo das notícias, resultado da rápida transformação dos Meios de Comunicação Social e do aparecimento da Internet.

Comentário

Ao ler a obra verifiquei que a mesma, apesar de ter sido escrita em 1998, ainda exemplifica a actividade jornalística vivida em Portugal nos nossos dias.
Os Meios de Comunicação Social, continuam a dissimular e a persuadir a sociedade, de tal forma que muitas vezes não nos apercebemos do estado deplorável em que a nossa economia e política se encontram. Na realidade, os Meios de Comunicação Social e o Poder Político continuam a manipular a população, consciente ou inconscientemente, nomeadamente os grupos sociais com uma situação socio-económica e um nível de educação mais baixo. Apesar das dificuldades que o país atravessa, os Meios de Comunicação e o Governo, tendem a transmitir a ideia de que o país está em ascensão contínua. No entanto, o que se verifica é o endividamento cada vez mais elevado, por parte das famílias portuguesas. Uma situação, muitas vezes promovida pela Comunicação Social.
Joaquim Letria refere que os meios de comunicação vieram substituir as tarefas que, até há bem pouco pertenciam à Família, Escola e Igreja, no processo de socialização. Hoje em dia, esta é uma realidade cada vez mais visível. São os Meios de Comunicação Social que influenciam a forma de pensar, agir e vestir. A moda é-nos difundida através deles.
Do mesmo modo, são os Meios de Comunicação que culpam ou inocentam uma pessoa, mesmo antes da sentença ser proferida pelo Poder Supremo. Daqui advém a designação atribuída de “Quarto Poder”. Esta é desprestigiada pelo autor, incapaz de a aceitar como um instrumento de defesa da Democracia. A sua opinião é-nos fundamentada pela forma perversa de como os média invadem a nossa privacidade, desvalorizam todos os valores e derrubam a moralidade. Casos concretos desta forma de comunicação são os programas televisivos como a telenovela “Jura” ou o reality show “Fiel ou Infiel”. Em consequência desta falta de tradições, a sociedade começa a refugiar-se em grupos, seitas, religiões ou novas Igrejas.
Em suma, penso que o livro A Verdade Confiscada pode ser considerado polémico no sentido de dar a conhecer as verdadeiras intenções por parte dos órgãos de comunicação, ao publicar determinada notícia, no entanto, esta abordagem permite também reflectir sobre a actualidade e ter uma melhor perspectiva do universo comunicacional.
O livro manifesta-se como um “desabafo” por parte do autor, pela sua incompreensão, de como os média esqueceram o papel que lhes compete e deles é esperado: informar com veracidade o público. Ele considera mesmo, que o importante é que o público encontre um sinal de esperança nas linhas de um jornal, nas palavras difundidas pela rádio ou nas imagens transmitidas pela televisão.
Recensão realizada por: Bárbara Pereira, ISVOUGA, Dezembro de 2006
Título do Livro: “A Verdade Confiscada – a armadilha da nova censura” Autor: Joaquim Letria Editora: Editorial Notícias Cidade de Edição: Lisboa Ano de Edição: 1998
NOTA: Os textos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores.

quarta-feira, setembro 19, 2007

Jornal perfumado

"O Metro e o amaciador de roupa Comfort voltam a perfumar a edição de hoje do gratuito. Desta vez, além de libertar o perfume de Comfort Essência em todas as páginas, o título é totalmente preenchido com publicidade desta marca". (Notícia BRIEFING)

Lista lusófona online

"(...)Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades (...)"
(Camões)


Rogério Christofoletti responsável pelo blogue Monitorando começou por recolher os principais blogues de investigadores em comunicação no Brasil. Agora o projecto estendeu-se a outros países lusófonos. A lista, em actualização permanente, está acessível em http://monitorando.wordpress.com/2007/09/09/lista-lusofona-de-blogs-de-pesquisadores-em-comunicacao.

domingo, setembro 16, 2007

Preâmbulo: um blogue amigo

“Os media não devem continuar a fazer de conta que são o olho que observa, mas que não pode ser visto”

Este blogue surgiu da vontade de apoiar pedagogicamente os alunos do curso de Marketing e Relações Públicas, do Instituto Superior de Entre Douro e Vouga, em 2005.

Para responder aos desafios de Bolonha o curso passou a designa-se Marketing, Publicidade e Relações Públicas, foram criadas novas disciplinas e outras foram reformuladas.
Em 2007 a unidade curricular designa-se Teoria da Comunicação, apenas, e as novas mensagens a introduzir terão em conta esta nova realidade.

No entanto, o objectivo delineado na génese do blogue mantém-se: permitir, - através da consulta semanal deste modo de publicação -, o acesso a informações pertinentes e de contextualização das matérias leccionadas bem como proporcionar material de apoio que ajude a melhor perceber o universo comunicacional.

Deste modo pretende-se:

· Reflectir o estudo sistematizado de textos do campo da comunicação como uma importante ferramenta para o desenvolvimento do profissional.
· Criar hábitos de leitura e pesquisa bem como estimular o contacto com a sociedade em rede.
· Interpretar adequadamente as especificidades de diferentes produtos comunicacionais a partir dos modelos das principais teorias.
· Relacionar as conclusões desses estudos com situações da realidade comunicacional contemporânea.
Será dado ênfase às escolas e autores do pensamento comunicacional contemporâneo, como forma de introduzir o aluno nos meandros de uma área vasta que será a médio prazo o seu universo profissional.
Como complemento serão aconselhadas leituras e disponibilizadas informações actuais sobre os fenómenos comunicacionais que se julgarem pertinentes.
Para que este modelo não se esgote apenas na circulação de comunicação descendente, este ano lectivo juntam-se os contributos de alunos de anos anteriores.

domingo, setembro 02, 2007

Sugestão de leitura: O fim anunciado

No blogue irrealtv está disponível uma recensão crítica de um livro de José Manuel Barata-Feyo, a merecer leitura atenta, da autoria de Mário Verino Rosado. (texto)

Segundo Barata-Feyo: “em todas estas guerras, as opiniões públicas não foram minimamente informadas. Porque não nos deixaram informar. Mas foram adequadamente intoxicadas com a propaganda que lhe oferecemos. Na melhor tradição das ditaduras.”. Com esta citação pode resumir-se o conteúdo de um livro que aflora o declínio da informação na RTP em detrimento da lei selvagem da concorrência, consequência do aparecimento dos canais privados. Da postura acutilante do autor, também jornalista, ressalve-se ainda a seguinte declaração: “Este vazio só foi possível porque nós, jornalistas, abdicámos da nossa função crítica para melhor nos podermos identificar com a ideologia dominante: autopromoção, as audiências e o dinheiro.”

quinta-feira, agosto 23, 2007

Sugestão de leitura: OS DONOS DA NOTÍCIA



Livro: Os donos da notícia. Concentração da propriedade dos media em Portugal
Autora: Elsa Costa e Silva
Ano publicação: (2004)
174 Páginas
“Onde há menos Estado, há mais Mercado”

Por: Márcia Oliveira

A obra em análise remete para a realidade indiscutível da Concentração da Propriedade dos Media. O surgimento de Grupos de Comunicação e os mecanismos que contribuem para a sua notoriedade são tópicos que constituem objecto de estudo do livro.

Os MCS são vistos como uma arma ideológica a favor de interesses capitalistas, o que nos permite desde já verificar o carácter económico da concentração dos MCS. Todavia, está também subjacente à concentração da propriedade, a vertente política e social, uma vez que, a concentração pode ser tida em conta como estratégia de crescimento e forma de ganhar dimensão numa incessante busca pelo poder.
Por outro lado, é correcto afirmar que a mercantilização da cultura ou economização da cultura presente na comunicação social tem implicações na cultura vigente.
Schiller, fala na “imperialização da cultura” para se referir à imposição de um modelo americano ao mundo, com o intuito de rentabilizar investimentos na área dos audiovisuais, criticando deste modo, a uniformização cultural.

A cultura é por sua vez, influenciada pelo capitalismo, visto as indústrias culturais se encontrarem nas esferas das empresas de comunicação social. Por outro lado, os bens que à partida são considerados como culturais, passam a ser transformados simultaneamente em bens económicos, tal como acontece com a informação.

Um dos pontos fundamentais deste tema é tentar perceber quando podemos afirmar que estamos perante uma situação de concentração. Assim sendo, pode-se afirmar que quando determinada empresa mediática compra uma participação maioritária na companhia que opera no mesmo negócio, encontramo-nos perante um fenómeno de concentração.

Os “gigantes”, nome atribuído aos fortes grupos de comunicação, tais como, Disney, Westinghouse, News Corporation, TCF, Viacom Inc., AT&T, Sony, NBC, Vivendi…ocupam uma notável posição no Mercado de C.S devido ao lançamento de novos produtos, à aquisição de empresas ou títulos predominantes no mercado, formando oligopólios, que no caso do Mercado português de C.S se constituem por quatro grandes agentes, que servem uma multiplicidade de consumidores através de grande diversidade de produtos e serviços. Estes, têm dificultado a entrada de novos operadores no mercado. A imprensa encontra os principais obstáculos nos baixos índices de leitura, na fidelização dos leitores às publicações e nos investimentos volumosos necessários no lançamento de jornais. Respeitante à rádio, é possível referir como principais barreiras, o facto de vigorar o sistema de licenças para as frequências o que impede o lançamento de projectos com dimensão regional ou nacional.

Relativamente à TV, o facto de vigorar o sistema de licenças para emissões generalistas nacionais hertzianas, constitui um forte entrave à entrada de novos operadores no mercado da comunicação social. Como forma de ajudar a combater todas estas barreiras criadas aos novos operadores no mercado da Comunicação Social, temos a ajuda prestada pela inovação tecnológica, pelas fusões e novas aquisições. Também, a diferenciação entre os diferentes actores pode constituir uma arma eficaz.
No séc. XX, verifica-se o fluxo da informação e comunicação à escala global, sendo a televisão um dos locais de maior competição entre gigantes globais. Deste modo, a principal batalha dos “gigantes” é adquirir direitos televisivos dos eventos desportivos mais populares.

A internacionalização da propriedade e dos MCS constitui uma estratégia cada vez mais praticada pelos grupos comunicacionais, que tem contribuído para a construção mediática em Portugal.
Esta crescente estratégia tem como factores relevantes, a saturação de tendências no espaço nacional, a existência de uma legislação anti-monopolista, a liberalização do mercado europeu. Como exemplos de grupos que se internacionalizaram, temos a Lusomundo, pela via do cinema, encontrando-se bastante activa no campo do entretenimento, nomeadamente no sector dos videojogos.

Também a PT, coloca-se numa posição dianteira para exploração de novos mercados geográficos, pela via da internacionalização. Porém, um dos problemas que a PT enfrenta é a posição defendida pelo Presidente da Anacom, segundo o qual se deverá verificar uma separação das suas infra-estruturas de Telecomunicações (Redes fixas e Cabo). O aparecimento da TDT poderá colocar em causa a posição já adquirida por subscrição.

Outro factor responsável pela concentração da propriedade, foi a liberalização da comunicação social, pela via da privatização. Verificou-se a privatização de jornais e a abertura do mercado televisivo à iniciativa privada. A Lusomundo surgiu da privatização dos jornais diários detidos pelo Estado em Portugal.

Temos ouvido falar bastante da privatização da RTP. Esta, constituiria uma oportunidade para a Cofina entrar na TV generalista integrando-se deste modo, num sector em crescimento como os canais temáticos. Aliás, a dimensão de grupos portugueses deveu-se em parte ao lançamento de novos canais temáticos e ao aparecimento de novas revistas especializadas, sendo esta tendência justificada pela fragmentação das audiências. Por outro lado, caso se verifique a privatização da Antena 3, a Cofina poderá beneficiar entrando no sector radiofónico.

As alianças e os acordos entre os Grupos constituem uma realidade cada vez mais frequente. Pode dizer-se que 2000 foi o ano das Mega-Fusões. A CE não proíbe negócios de tamanha envergadura, mas impõe limites, assegurando a concorrência nalguns Mercados que poderiam ficar afectados pelas posições conseguidas pelos Grupos.

A fusão que Balsemão deseja fazer com outros Grupos, pode constituir uma oportunidade para a Impresa, pois poderá consolidar o seu Mercado e entrar em áreas onde não possui uma presença notável.
Analisemos agora outras estratégias utilizadas pelos Grupos e que contribuem para a sua ascensão e notoriedade. A Media Capital, um dos principais Grupos de comunicação em Portugal, descrito como arrojado, sem medo de arriscar nem de recuar, é de todos os Grupos nacionais, o que mais conta com capital estrangeiro. Ocupa uma forte presença na televisão, na rádio e Internet. A aposta na Internet verificou-se com a criação do Portal IOL, que conseguiu fidelizar-se aos consumidores com a ajuda do “Big Brother”.

No que respeita à Cofina, posso referir que a rentabilidade é um factor essencial na sua actuação. Para tal, racionaliza os custos aproveitando sinergias existentes em termos de Administração, Informática, Marketing, distribuição. Pretende deste modo, criar valor e lucro. Segundo o responsável da Cofina, os Media, constituem um sector apetecível, na medida em que possibilitam o crescimento sem grandes investimentos.

A PT controla a plataforma de distribuição de televisão por subscrição (cabo e satélite) em Portugal. Esta situação leva a que domine o Mercado da Distribuição. Todavia, não posso deixar de assinalar a fragilidade da PT/Lusomundo na área da televisão de sinal aberto, não por falta de interesse, mas devido à falha das tentativas levadas a cabo, quer pela Lusomundo, quer pela PT.

Os MCS apresentam uma posição de subalternização aos objectivos da Lusomundo, uma vez que se verifica uma focalização estratégica noutros produtos e serviços do Grupo, reflectindo-se no enfraquecimento do Grupo face aos seus concorrentes.

Passo a falar um pouco sobre a Regulação e Legislação que vigora em Portugal acerca da concentração da propriedade. De facto, existe quem defenda a Regulação Estatal para assegurar o sistema democrático da Formação de opinião pública e pluralidade de informação. Deste modo, na rádio verifica-se uma certa preocupação em conter restrições quantitativas à propriedade. Caso não sejam cumpridas as determinações legais referentes a participações, a actividade da rádio poderá ser suspensa. Respeitante à TV, a Legislação é muito mais flexível, uma vez que, a concentração só poderá ser impedida em casos específicos, tais como, o abuso de posição dominante ou perigo de limitação da livre expressão. A TVI e a SIC constituem um dos elementos fundamentais para o carácter cruzado da propriedade e concentração no sector. Assim com o enquadramento legislativo que vigora no país, verifica-se a liberalização dos canais por cabo (Sport TV) e a eliminação de medidas anti - monopolistas.

De facto a concentração da propriedade nos MCS, é uma realidade visível e com um grau de complexidade cada vez maior. Logo, posso concluir que abordar este assunto foi muito importante, pois nunca tinha reflectido sobre esta situação.
Parece-me preocupante o facto de Portugal não possuir legislação global para o sector da Comunicação Social. Existe somente uma Entidade que tem a função reguladora e zeladora, sugerindo medidas legislativas ou regulamentares. O artigo nº 1 do art.1º remete-nos para uma realidade um pouco utópica, ao figurar que a Legislação assegura que a Imprensa desempenha uma função pública independentemente do poder político e do poder económico, procurando impedir a concentração de empresas jornalísticas e noticiosas. Eu discordo, uma vez que, temos assistido a uma alteração nas lógicas de concentração em Portugal, predominando as motivações economicistas no Mercado Nacional da Comunicação Social.
Poder-se á afirmar que a intervenção do Estado, é cada vez menor e menos eficaz, uma vez que, não tem impedido a concentração, e esta, apesar de alguns limites impostos, que no meu ponto de vista deveriam ser mais rígidos, é objectivamente permitida. Basta-nos cingir ao caso da Imprensa portuguesa que não tem qualquer restrição quantitativa da propriedade.
Como consequência é previsível um aumento da concentração em Portugal, devido a movimentos de consolidação do Mercado, de eventuais falências e o desaparecimento de Títulos. O Comércio do Porto constitui um exemplos de empresa que acabou por fechar, devido aos graves problemas financeiros e por não pertencerem a grandes grupos que os sustentem.
O desaparecimento das restrições de Nacionalidade e as limitações numéricas de propriedade, conduziram à concentração e entrada de estrangeiros no capital social das sociedades exploradoras da actividade.


A formação de oligopólios, que por sua vez, são acompanhados de obstáculos que dificultam a entrada de novos operadores no Mercado português de Comunicação Social, é uma situação que me parece intrigante. Penso que qualquer operador, desde que possua requisitos mínimos e credíveis deve de usufruir do direito de integração neste Mercado.

A privatização do canal da RTP1, é uma hipótese ainda discutida, mas quanto a mim, não deverá prosseguir. Parece-me fundamental que continue a existir um canal público, de modo a que o pluralismo e diversidade não sejam completamente abalados, podendo assim haver uma maior diferenciação de programas em relação aos canais privados. Caso contrário, penso que corremos o risco de nos submetermos a uma uniformização cultural imposta pelos MCS, em que os gostos são padronizados, sem que haja lugar para a liberdade de expressão e o pluralismo.

Outra situação que se poderá tornar num problema complexo, é a abolição das restrições de nacionalidade e de limitações numéricas de propriedade, verificando-se a concentração e a entrada de estrangeiros no capital social das sociedades exploradoras da actividade. A Media Capital, é o Grupo português que mais conta com capital estrangeiro. Este, pode consistir num grave problema se for utilizado estrategicamente, pois existe o risco do centro da decisão da empresa sair do nosso país e passar para outro.

Concluindo, acho fundamental que haja uma reflexão acerca da concentração da propriedade, de modo a serem impostos limites rígidos que limitem esta situação e assegurem a nossa liberdade de expressão.


Texto da responsabilidade de Márcia Oliveira, aluna do curso de Marketing, Publicidade e Relações Públicas, Isvouga


Mais informações sobre o livro e a concentração dos Media:


terça-feira, agosto 14, 2007

SUGESTÃO DE LEITURA: IRAQUE – HISTÓRIA DE UM DESASTRE



Como foi tomada a decisão de invadir o Iraque? Como foi concebida a mais ambiciosa operação de propaganda e de intoxicação de todos os tempos? Que personalidades, em redor do presidente dos Estados Unidos, desejavam desde sempre esta "guerra preventiva"? Por que motivo? Pelo petróleo? Quem são os "falcões"? Qual é a ideologia dos neoconservadores? Quais são as ligações entre esta guerra e os atentados do 11 de Setembro? Como é que os meios de informação foram manipulados? Quem fabricou as grandes mentiras que serviram de pretexto à invasão? Porque é que a invasão do Iraque se revelou um desastre? Quem são os resistentes? Os Estados Unidos poderão libertar-se do lamaçal iraquiano?
(Fonte: Campo das Letras)

Os líderes da imprensa mundial
Por: Pedro Gama
O livro “Iraque – História de um desastre” revela como os EUA tentam exercer a sua supremacia no mundo com actos de guerra e, também, com manipulações e mentiras que levam toda a gente a acreditar no “bicho-papão” da Humanidade.

8:45 da manhã do dia 11 de Setembro. Um avião embate contra a torre norte do World Trade Center em Nova Iorque. O mesmo sucede com a torre sul às 9:03. Um terceiro avião colide contra o Pentágono às 9:38. O terror não foi maior, porque os passageiros de um quarto avião conseguiram apoderar-se do avião e evitar a colisão contra a Casa Branca em Washington, mas não conseguiram evitar a queda do avião às 10:03 num descampado do estado da Pensilvânia. Milhares de pessoas morreram face a este acto de terrorismo, que não só pôs os Estados Unidos da América em alerta, mas também o Mundo inteiro. A população Mundial caía no caos, mergulhava na insegurança e se distraía na desconfiança.
Cedo os serviços secretos e a CIA, revelaram que os culpados de tais actos terroristas tinham sido efectuados por afegãos ligados à Al-Qaeda e a Osama bin Laden. Levou-se então a cabo uma enorme “vingança” por parte de George W. Bush. Reuniões atrás de reuniões, Bush desesperava por uma vingança desenfreada aos culpados do terror de 11 de Setembro. Reunidas as condições para o ataque aos malfeitores, passaram para a acção propriamente dita. O ataque ao Afeganistão. 71 dias depois, a 21 de Novembro, dá-se por concluído o ataque ao Afeganistão. Mas Bush, não estava satisfeito. Bush, quase como obsessivo, queria a mudança de politica no Iraque, desde o momento que entrou para a presidência dos EUA, estávamos a 30 de Janeiro de 2001, ou seja, 8 meses antes do 11 de Setembro.
Bush persuadia os seus elementos governamentais e federais para a cumplicidade de Saddam Hussein no 11 de Setembro. Tentando tomar posse dos poços de petróleo no Iraque e tentando também uma mudança politica no Iraque, Bush mandava investigar pelos seus serviços secretos tudo o que houvesse de negativo e que pudesse aproveitar para ali fazer uma guerra. A sua obsessão era de tal forma enorme, que depois de a CIA e os serviços secretos terem dado a informação de que havido sido a Al-Qaeda a destruir a América e o Mundo, Bush continuava a pedir para que eles investigassem Saddam e o Iraque, pois ele queria um pretexto para invadir o Iraque.


Com pretensas provas acerca do Iraque, dizendo que estes possuíam armas de destruição maciça, veio dar a Bush a luz verde que ele há muito pretendia! Aí, Bush e a sua comitiva, dirigiram-se à ONU para pedir o ataque ao Iraque, antes de estes atacarem o Mundo com as suas armas de destruição maciça. Dizendo que possuía provas e amostrando as fotos comprovativas foi tentando persuadir os oficiais da ONU. Mas a ONU, fiel aos seus quadros, decidiu por não avançar, o que irritou Bush! O que eles pretendiam era continuar com as suas tropas de investigação no Iraque e assim investigar se realmente haviam armas de destruição maciças. E mesmo assim a intenção era depois obrigar Saddam a retirar todo o armamento sem recorrer à guerra. Bush então recorreu aos meios de comunicação social com as suas fotos e vídeos falsos mostrando as armas e locais onde estavam as armas de destruição maciças. Conseguindo o apoio de Tony Blair, primeiro-ministro britânico, Bush tentava reunir cada vez mais aliados, para persuadir a ONU a deixar os EUA avançar para o Iraque.

Mas todas as informações eram falsas!

Era tudo uma forma de persuadir ao americanos e o Mundo para a necessidade de atacar o Iraque e assim destruir todos os pretensos inimigos da paz. Até o salvamento de uma soldado americana (Jessica Lynch), nas mãos de guerrilhas iraquianos, foi encenada até à exaustão. Os guerrilhas iraquianos ao capturarem-na na emboscada que fizeram a uma companhia americana levaram-na para um hospital onde a maltrataram. Tudo o resto foi uma encenação incrível. Os soldados americanos levaram um cameraman para filmar toda a operação. Entraram no hospital, disparando contra tudo e todos, conseguindo resgatar a soldado. Mas na realidade nada disso aconteceu. Três jornalistas espanhóis que foram fazer reportagens ao Iraque depois da conquista dos americanos, souberam que nada disso aconteceu. Fontes do hospital negaram essa versão. Que não tinha havido nenhuma emboscada, e a soldado não tinha sido maltratada, apenas tratada a uns ferimentos e que se não fossem alguns familiares do médico a terem o mesmo tipo de sangue da soldado ela poderia ter morrido. Nesta segunda versão afirma-se que se tentou entregar aos soldados americanos mas estes abriram fogo e a soldado esteve quase a ser atingida. Mais tarde eles entraram pelo hospital disparando contra todos sem ninguém fazer nada e dizendo sempre: “GO! GO! GO!”! Dizem os médicos que aquilo mais parecia um filme repleto de acção, típico de Sylvester Stallone!

Por último, é de referir que Bush foi contra as leis internacionais e a própria lei americana!
Os meios de comunicação social são uma máquina que os americanos exploraram bem porque a população vê e acredita no que vê. Viam fotos e vídeos manipulados por montagens feitas ao pormenor para que toda a gente acreditasse neles.

Bush com a imagem principal de duas torres a cair na cabeça, teria de vingar esta situação através da guerra contra a Al-Qaeda. No final não tendo sido encontradas quaisquer armas de destruição maciças, - o que irritou a comunidade internacional com a guerra imposta pelo EUA contra a nação iraquiana -. Bush queria mostrar quem manda no mundo, mas com as atitudes que tem vindo a efectuar só têm denegrido a sua imagem, a imagem da América, e sobretudo ajudado na exacerbação das lutas religiosas, em especial, acentuando o conflito Israelo-Palestiniano. As etnias muçulmanas têm vindo a elevar-se e a apostar em tentar controlar a supremacia do cristianismo, fazendo ataques suicidas e instalando o terrorismo como palavra-chave do momento.

Para finalizar, Bush com sede de poder, tentava mostrar que quem manda são os EUA com o seu sonho de redesenhar o Médio Oriente, mas só mostrou que a terrível máquina norte-americana também falha. E assim, tudo se voltou contra eles.

Eu concordo plenamente com a posição de Ignacio Ramonet. A supremacia dos EUA é mantida não só pela sua força internacional (que é verdade) mas também pelas suas mentiras e manipulações da imprensa e da população americana e mundial. A administração Bush pensa que está a conseguir a paz no mundo com uma guerra sobre armamento, mostrando quem manda, mas na realidade o que está a conseguir é o isolamento dos povos do mundo, e a sua “auto-destruição”, ou seja, está a fazer com que toda a população comece a não acreditar nesta administração e a não aceitar as suas mentiras e invenções para levarem a avante as suas pretensões. Esta guerra contra o Iraque só serviu para demonstrar que Bush consegue o que quer, ou se não conseguir, infringe as leis nacionais e internacionais para o conseguir. É tudo por questões financeiras, sociais e religiosas. Os poços de petróleo, o construir tudo de novo no Iraque, é tudo uma questão de marketing e sentido de oportunidade para com todos aqueles que apoiaram a candidatura de George W. Bush.


As questões religiosas estão relacionadas com a questão do islamismo, em que Bush tenta irradiar todos os seus seguidores, pois pensa ele que eles trazem o terror atrás deles. Por tudo isto, na minha opinião o autor tem razão ao escrever esta obra e a insistir que George W. Bush, a sua comitiva, a imprensa manipulada por estes e todos os apoiantes de Bush manipulam todo o Mundo para obterem as suas conquistas e falcatruas.

Artigo da responsabilidade de Pedro Gama sobre o livro: IRAQUE – HISTÓRIA DE UM DESASTRE.
EDITORA: CAMPO DAS LETRAS
ANO DE PUBLICAÇÃO: 2005
TRADUÇÃO: SERAFIM FERREIRA
AUTOR: IGNACIO RAMONET

sexta-feira, agosto 03, 2007

EM ACTUALIZAÇÃO...

Durante o mês de Agosto serão inseridos novos posts...

quarta-feira, junho 06, 2007

Ao vivo e a cores






Uma mala branca: a La.ga. Doze criadores: Paula Guedes, Sandra Lourenço, Liliana Reis, Paulo Moreira, Ivo Maia, Pedro Barbosa, Marta Bernardes, Joni Silva, Ricardo Fonseca, Hernâni Brandão, Bibiana Grave e Sandra Moreno e Sara Oliveira vão transformar ao vivo uma criação premiada com o Troféu Sena da Silva em 2002.
O acontecimento é a 16 de Junho nas imediações da loja Ivo Maia em Santa Maria da Feira.

A mala LA.GA, da KRV KURVA, é fabricada em Portugal pela Tyvek 100% GRaphics Quality. É resistente à água e a contaminações radioactivas, pesa 40 gramas e suporta cargas acima dos 55Kg.

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Uma verdade inconveniente

EM EXIBIÇÃO DOMINGO, 11 DE FEVEREIRO, 21H30, NA BIBLIOTECA MUNICIPAL DE SANTA MARIA DA FEIRA


Cineclube de Aveiro - Cinema Oita, Av. Lourenço Peixinho, Aveiro

- An Inconvenient Truth, de 25 a 29 de Janeiro, às 22h

Um filme de: Davis Guggenheim
Com: Al Gore
Ano: 2006
Idade: M/12
Duração: 100 minutos
Género: Documentário
País de Origem: EUA

"Uma Verdade Inconveniente, um documentário conduzido pelo ex-senador dos EUA Al Gore, é uma tentativa para despertar as consciências dos cidadãos e da classe política para os perigos do aquecimento global e para a diminuição das reservas de água do planeta. Depois da derrota nas eleições de 2000, Al Gore passou a dedicar-se exclusivamente às questões ambientais, tendo, nos últimos anos, proferido mais de mil conferências por todo o mundo. Neste filme é esse projecto de vida e essa luta que serão mostrados, a par com informação científica a atestar a verdade do quadro ambiental por ele traçado.
Um dos documentários-sensação de 2006 nos festivais de Cannes e Sundance, Uma Verdade Inconveniente de Davis Guggenheim é um filme imprescindível pela mensagem que encerra e que a todos diz respeito. E por mostrar que o tempo de agir é agora".

quarta-feira, janeiro 17, 2007

FILME: Obrigado por fumar




18 a 24 de Janeiro 17h e 22h (excepto à 2ª Feira) - CENTRO MULTIMEIOS, ESPINHO

Thank you for Smoking, de Jason Reitman
Com: Aaron Eckhart, Maria Bello, Cameron Bright, William H. Macy, Katie Holmes, Robert Duvall
EUA. 2005. 92 min. Comédia. M/12


Como porta-voz da empresa Big Tobacco, Nick Naylor foi chamado de muita coisa: assassino de massas, assassino de crianças, sanguessuga, explorador e até Yuppie Mefistófeles. É um trabalho duro defender os direitos dos fumadores e dos produtores de cigarros na cultura neo-puritana de hoje. Mas, como diz o próprio Nick, se ele quisesse um trabalho fácil teria ido trabalhar para a Cruz Vermelha. Confrontado pelos extremistas da saúde empenhados em banir o tabaco e por um senador oportunista que quer colocar rótulos de veneno nos maços de cigarros, Nick lança-se numa ofensiva acção de relações públicas. Mas começa a preocupar-se com a imagem que pode estar a construir aos olhos do seu jovem filho...


Nomeado para 2 Globos de Ouro:Melhor Filme Musical ou ComédiaMelhor Actor num Musical ou Comédia - Aaron Eckhart

domingo, janeiro 07, 2007

O Quinto Poder

O papel hegemónico da comunicação social sobre os indíviduos é exposto por Ignacio Ramonet no texto "El quinto poder" (artigo também disponível no sítio da disciplina).

Num outro artigo ("Informarse cuesta", editorial do Le Monde Diplomatique espanhol de Novembro de 1995) o mesmo autor já apontava algumas das dificuldades em obter e seleccionar informação no mundo actual.