quinta-feira, abril 30, 2009

Noite na Terra - comédia


Cineclube de Aveiro/ Cinema Oita
de 30 de Abril a 4 de Maio sempre às 22h


Noite na Terra
um filme de Jim Jarmusch

UM HILARIANTE FILME DO REALIZADOR DE CULTO JIM JARMUSCH, AUTOR DE FILMES ICÓNICOS COMO "DOWN BY LAW", "O COMBOIO MISTÉRIO", "DEAD MAN" E "COFFEE AND CIGARETTES".

com:
GENA ROWLANDS
WINONA RYDER
ROBERTO BENIGNI
GIANCARLO ESPOSITO
ROSIE PEREZ

Cinco táxis. Cinco cidades. Uma noite.
Night On Earth é uma sequência de cinco comédias que ocorrem ao mesmo tempo, mas que se passam em diferentes fusos horários, continentes e línguas. Cada uma das histórias centra-se na breve relação que se desenvolve entre um motorista de táxi e o seu ou os seus passageiros, enquanto percorrem a noite, partilhando o espaço fechado de um automóvel, entre o ponto de partida e o seu destino final. O filme começa em Los Angeles, precisamente na altura em que o pôr-do-sol é substituído pela escuridão, passa a seguir para a noite de Nova Iorque, depois Paris, Roma e finalmente Helsinquia onde, terminada a última sequência, o sol nasce outra vez, com a noite eterna de Inverno a dar de novo lugar à luz do dia.

Título original: Night on Earth
Ano: 1991
Realização: Jim Jarmusch
Interpretação: Gena Rowlands, Winona Ryder, Roberto Benigni, Giancarlo Esposito, Rosie Perez, Armin Mueller-Stahl
Origem: França, Reino Unido, Alemanha, EUA, Japão
Duração: 129 min
Classificação: M/12

No Cinema Oita, em Aveiro
(Programação Cineclube de Aveiro).

quinta-feira, abril 23, 2009

8 ou 80?



De um lado canta-se "venham mais cinco" e os artigos ou palavras censuradas estão assinaladas ao longo de toda a revista.

«Quando estiver a ler os textos que se seguem lembre-se de uma coisa: neste número, as palavras, as ideias e as realidades que retratam, e que foram objecto desta "censura" simulada, aparecem cortadas ou sublinhadas, e acompanhadas dos carimbos que a Censura usava nas provas dos textos produzidos pelos jornalistas. Há 35 anos, na prática diária do regime, aqueles trechos cortados eram realidades, pura e simplesmente, apagadas, realidades que deixavam de existir por força do lápis azul do censor», escreve-se no texto que acompanha o vídeo desta edição.




Do outro surge a revista Sábado com as relações escondidas de Salazar com as famílias mais ricas.


Aqui está uma boa oportunidade para reflectir o que foi a realidade do país num passado recente ao mesmo tempo que se deve ter em conta a mais valia da liberdade de expressão e de informação. Num país onde ainda se culpa a liberdade dos males actuais, seria bom fazer a destrinça de que liberdade não é o mesmo que libertinagem, corrupção, ou falta de valores, uma confusão diversas vezes instalada na cabeça de muitos portugueses.

Comunicar (h)Oje

O jornal económico Oje lança um suplemento dedicado à comunicação.
A ideia é «promover junto dos seus leitores a consciência de que uma comunicação bem estruturada nas empresas é determinante para o seu sucesso, bem como apresentar as principais consultoras de comunicação a operar em Portugal e o valor acrescentado que elas podem aportar». Abordam-se temas como rigor, criatividade, comunicação de consumo, Relações Públicas, comunicação financeira, crise, entre outros.

«A comunicação é uma arma poderosa e um instrumento fundamental para se conseguir sobreviver e alcançar o sucesso de qualquer organização. Cada área de negócio comporta especificidades próprias que por si só obrigam à adopção de diferentes estilos e meios de comunicar e de fazer chegar a mensagem pretendida aos seus consumidores».


Oje Comunicar

sexta-feira, abril 10, 2009

Para reflectir: DEZ ANOS POR UM JORNALISMO SUSTENTÁVEL

Por Sandra Monteiro

Publicado em Le Monde Diplomatique

«
Não se pense, contudo, que está criado um «império» mundial de imprensa: a maior parte das edições vive desde sempre com muitas dificuldades, travando uma «guerra assimétrica» contra os gigantes da comunicação (a própria edição portuguesa foi interrompida durante um curto período). De certa forma, essa fragilidade decorre de uma escolha que passa por fazer um jornal diferente, com análises mais longas e aprofundadas; com um investimento forte e dispendioso na reportagem internacional; com a manutenção de estruturas editoriais responsáveis, dedicadas e independentes, que concentram o poder de decisão nos jornalistas e demais trabalhadores; com a recusa de transformar os leitores em clientes; e com a manutenção escrupulosa da regra que diz que as receitas publicitárias não podem ultrapassar 5 por cento do volume de negócios de cada edição

A diminuição do poder de compra causada pela crise reduz a disponibilidade para a compra de jornais, mas não diminui os custos reais de produzir informação. O comentário e a reprodução, em particular na Internet, de informação já existente, pode ser feito praticamente a custo zero, mas dedicar tempo e meios a investigações e reportagens aprofundadas exige necessariamente recursos financeiros, equipas estruturadas e uma concepção dos projectos no longo prazo. Exige um jornalismo sustentável.

O desafio que hoje se coloca consiste em aprofundar cada vez mais o conhecimento do mundo em que vivemos para potenciar a consciência das mudanças que é necessário concretizar. Porque a ausência de responsabilização e de consequências palpáveis, que as pessoas possam sentir nas suas vidas, é dos maiores desmotivadores sociais que possamos imaginar, sobretudo quando já existe uma compreensão do que seria necessário mudar. É algo que afecta a confiança e corrói a coesão social de forma duradoura. Basta pensar na reacção que em cada um de nós suscitam a pantanosa inoperância dos sistemas judiciais ou a manutenção dos paraísos fiscais, que permanecem incólumes, mesmo numa crise como esta.

Podemos apoiar os espaços de informação e debate de ideias que nos proporcionam conhecimento e tempo para desacelerar desse stress informativo que tão pouco tempo deixa ao desenvolvimento da nossa inteligência emocional, à nossa criatividade como cidadãos do planeta, à multiplicidade de linguagens (da informação, da arte…) com que nos construímos. Como afirma o escritor moçambicano Mia Couto, «ao lado de uma língua que nos faça ser mundo, deve coexistir outra que nos faça sair do mundo» [7]. Por aqui, tanto nestas páginas como nos múltiplos espaços de encontro e de debate que a edição portuguesa do Le Monde diplomatique procura criar, vamos continuar a ser mundo, a criar raízes, para que as asas possam voar.
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terça-feira, abril 07, 2009

Ritual de iniciação - um filme que lembra para não esquecer

9 de Abril, Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira
14º aniversário Cineclube da Feira


Estamos em 1983 e as aulas acabaram. Shaun (Thomas Turgoose) é um rapaz de 12 anos, bastante reservado, que está a crescer numa triste cidade costeira e cujo pai morreu em combate, na Guerra das Falklands. Durante estas férias de Verão, Shaun vai encontrar novos modelos masculinos a seguir quando os rapazes da cena skinhead local o aceitam no seu seio. Com estes novos amigos, Shaun descobre o mundo das festas, do primeiro amor e das botas do Dr Martin! É aí que conhece Combo (Stephen Graham), um skinhead mais velho e racista, que saiu há pouco tempo da prisão. Na medida em que o bando de Combo molesta as minorias étnicas da pequena cidade, o caminho está aberto para um ritual de passagem que levará Shaun da inocência à experimentação.

Fonte: IOLcinema