segunda-feira, outubro 30, 2006

Documentário dá prémio às melhores críticas

“Waiting for Europe” – “À Espera da Europa” é um documentário sobre uma mulher búlgara à procura dos seus sonhos, entre a Bulgária, Espanha e Portugal. É um filme sobre vizinhos europeus e sobre como se conhecem uns aos outros. Trata-se de um retrato íntimo que procura reflectir sobre a esperança de que esta utopia – a Comunidade Europeia – se torne um dia realidade.

No âmbito da exibição do filme em todo o país a produtora promove um concurso dirigido aos estudantes do ensino secundário e superior, onde os estudantes são desafiados a fazer crítica ao filme “Waiting for Europe”. Informações em www.waitingforeurope.net.

Estreia-debate, dia 3 de Novembro, pelas 21h30, no auditório da Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira.

terça-feira, outubro 24, 2006

CRIANÇAS INVISÍVEIS


26 DE OUTUBRO, QUINTA-FEIRA,
NA BIBLIOTECA MUNICIPAL DE SANTA MARIA DA FEIRA

ALL THE INVISIBLE CHILDREN é uma colectânea de 7 curtas-metragens, dirigida por cineastas de prestígio internacional, que narram, através da sua perspectiva pessoal, histórias únicas sobre as condições de vida das crianças na região do mundo de que são originários.
A perturbante história de MEHDI CHAREF, Tanza, retira o seu nome do herói do filme, um rapaz de 12 anos que se alista num exército de lutadores pela liberdade; o inspirado segmento de EMIR KUSTURICA, Blue Gypsy, conta a comovente história de um jovem cigano; o poderoso filme de SPIKE LEE, Jesus Children of America, conta-nos a luta de uma adolescente de Brooklyn que descobre ser a filha seropositiva de um casal de toxicodependentes; a pungente contribuição de KATIA LUND, intitulada Bilu & João, retrata um dia na vida de duas crianças com espírito de iniciativa, nas ruas de São Paulo; JORDAN SCOTT E RIDLEY SCOTT co-dirigiram o hipnótico Jonathan, escrito por Jordan, descrevendo a vida de um repórter fotográfico, cuja desesperada necessidade de escapar ao seu tormento pessoal o permite regressar à sua infância; STEFANO VENERUSO co-escreveu e dirigiu Ciro, a história de um jovem a viver entre o crime e as brincadeiras próprias da sua idade, nos bairros pobres de Nápoles; e o tocante filme de JOHN WOO, Song Song & Little Cat, segue o laço muito especial entre um órfão sem dinheiro e uma jovem rica mas, perturbada.

sábado, outubro 21, 2006

Algumas conclusões do estudo sobre A Guerra dos Mundos

H. Cantrill foi o responsável por estudar o efeito e as causas do pânico criado pela emissão de Welles.

Conclusões:
- 28 % dos ouvintes acreditaram tratar-se de uma reportagem autêntica
- 70 % assustaram-se ou ficaram perturbados.

Causas:
1º) - Realismo do programa (reportagens, locutores, directos, declarações de pessoas em pânico...)

2.°) - Credibilidade do meio Rádio na altura

3°) — Prestígio dos locutores (Lei do Emissor) - credibilidade associada a algumas fontes/pessoas que falaram aos microfones

4°) — Linguagem (tom coloquial) / os sons em rádio assumem um papel importante

5°) — Sintonizações tardias (as advertencias de que era um programa baseado num romance radiofónico foram no início da emissão (a maioria não estava a sintonizar) e ao fim de 40 minutos de emissão (quando o pânico já estava instalado)).

Bullet Theory - a teoria das balas mágicas

Que poder têm os MCS?
Qual o efeito que produzem nos cidadãos?


A conclusão dos primeiros comunicólogos foi a de que a determinados estímulos emitidos pelos MCM decorriam efeitos precisos e esperados.

A teoria das balas mágicas popularizou-se a partir de 1920, e fundava-se no conceito de que o processo de comunicação de massas é equivalente ao que se passa numa galeria de tiro. Bastava atingir o alvo para que este caísse. As balas eram irresistíveis, as pessoas estavam totalmente indefesas. Outra expressão escolhida para designar esta corrente de pensamento foi a teoria das agulhas hipodérmicas, pois achava-se que os meios de comunicação eram como agulhas que injectavam estímulos nas veias, de forma a provocar determinadas reacções desejadas.
As ideias fundamentais por detrás desta teoria sugeriam que a sociedade moderna era constituída por «átomos» de indivíduos aglomerados em massas uniformes, que respondiam de forma imediata e directa aos estímulos da comunicação social
”. José Rodrigues dos Santos (2001: 18)
Para as conclusões e receios "proclamados" pela teoria das balas mágicas (ou hipodérmica) contribuíram:
- Meios de Comunicação de Massa (Rádio, Cinema) - receio de influência
- Divulgação de algumas estratégias de propaganda usadas nos conflitos
- PSICOLOGIA BEHAVIORISTA (este modelo apelidado também de estímulo-resposta ficou conhecido pela experiência de Pavlov). De acordo com esta teoria mecanicista, a comunicação é sobretudo um processo de reacção. ( E -> R (Estímulo –> Resposta))

Ideia central: “Cada elemento do público é pessoal e directamente atingido pela mensagem”
(Wright)

A audiência é vista como uma massa amorfa, que responde de maneira imediata e uniforme aos estímulos recebidos. Esta teoria defendia uma relação directa entre a exposição às mensagens e o comportamento. Se uma pessoa era “apanhada” pela propaganda era controlada, manipulada e levada a agir conforme a mensagem veiculada.
O receio acentuou-se com a célebre emissão radiofónica de Orson Welles da obra "Guerra dos Mundos" um romance de ficção científica de Herbert George Wells , que narrava a invasão da Terra por marcianos inteligentes.
Às vinte horas de domingo, 30 de Outubro de 1938, o locutor da COLUMBIA BROADCASTING SYSTEM, de New York, anunciou:
A Columbia Broadcasting System e as suas estações apresentam Orson WELLES e o Mercury Theatre na "Guerra dos Mundos", H. G. WELLS.
Tratava-se, na verdade, do famoso romance, adaptado por Howard KOCH, para uma hora de rádio. Os marcianos invadindo a terra, metidos em cilindros metálicos; depois, a interpretação sonora do extermínio da raça humana pelos monstros. A transmissão durou uma hora, mas, antes que ela findasse, milhares de pessoas, nos Estados Unidos, - por mais extraordinário que pareça ! - rezavam, choravam, fugiam espavoridas ante o avanço dos habitantes de Marte! Outros despediam-se dos parentes, pelo telefone, preveniam os vizinhos do perigo que se aproximava, procuravam notícias nos jornais ou noutras estações de rádio, pediam ambulâncias aos hospitais e automóveis à Polícia.Mais tarde, centenas de pessoas foram ouvidas, num grande inquérito científico.
Depoimentos :
MRS. FERGUSON, doméstica de New Jersey: "...Senti que era qualquer coisa de terrível e fui tornada de pânico... Decidimos sair, levámos mantas...
JOSEPH HENDLEY "...Caímos de joelhos e toda a família rezou...A
ARCHIE BVRBANK "...O locutor foi asfixiado, por acção dos gases: a estação calou-se. Procurámos sintonizar outra emissora, mas em vão... Enchemos o depósito do carro e preparámo-nos para fugir, o mais depressa possível..."
MRS. JOSLIN "...Quando o locutor disse - Abandonem a cidade! - ...agarrei o meu filho nos braços, e precipitei-me, pela escada abaixo..."
Textos de apoio:
Artigo de Opinião Eduardo Cintra Torres Aterrorizando as massas (Jornal Público)

quarta-feira, outubro 18, 2006

PREC - pensa, rosna, estica e corta

É apresentado a 27 de Outubro, no Espaço Maus Hábitos, no Porto, o primeiro número do Jornal PREC, Pensa, Rosna, Estica e Corta.

FILME: DIÁRIOS DA BÓSNIA

A 19 de Outubro, quinta-feira, na Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira

Em Julho de 1996 apanhei um avião da Força Aérea para Sarajevo. O cerco à cidade tinha terminado há 3 meses. Pessoas que não conheci tornaram-se memórias que não me deixaram. Dois anos depois voltei a Sarajevo. Tinha que voltar. Tinha que encontrar pessoas de carne e osso. Este filme é o cruzamento de uma viagem pessoal com o trágico curso da história. Uma viagem que fiz durante 10 anos. Pela guerra, pelas imagens, pela memória.

Joaquim Sapinho (realizador)

terça-feira, outubro 17, 2006

AS ESCOLHAS...

Lista livros escolhidos para a recensão crítica:

X ESCOLHIDO *RAMONET, IGNACIO (1999), A Tirania da Comunicação, Campo dos Media, Campo das Letras, 139 págs. (ANA LÚCIA)
X ESCOLHIDO *RAMONET, IGNACIO (2000), Propagandas Silenciosas..., Campo dos Media, Campo das Letras, 232 págs. (RICARDO OLIVEIRA)
XESCOLHIDO *RAMONET, IGNACIO (2003), Guerras do séc. XXI, Campo dos Media, Campo das Letras, 176 págs. (SIMÃO)
XESCOLHIDO *RAMONET, IGNACIO (2005), Iraque - História de um desastre, Campo das Letras, 136 págs. (PEDRO GAMA)
X ESCOLHIDO Florence AUBENAS Miguel BENASAYAG
A Fabricação da Informação. Os jornalistas e a ideologia da comunicação - (FABIANA SILVA)

*Jenny KITZINGER/Jacquie REILLY
Ascensão e queda de notícias de risco (*)Jenny Kitzinger e Jacquie Reilly
X ESCOLHIDO E. Cintra TORRES Reality shows: ritos de passagem da sociedade do espectáculo (ANA AGUIAR)
*PEREIRA, GONÇALO - A QUERCUS NAS NOTÍCIAS
X ESCOLHIDO SILVA, ELSA COSTA E - Os donos da notícia. Concentração da propriedade dos media em Portugal (MÁRCIA OLIVEIRA)
X ESCOLHIDO *HALIMI , SERGE - Os novos cães de guarda Ano publicação: 1998 Editora: Celta Editora Nº. Páginas: 117 págs ( MARTA LOPES)
*GILLES LIPOVETSKY - O Império do Efémero
X ESCOLHIDO "A VERDADE CONFISCADA", JOAQUIM LETRIA *(BÁRBARA
PEREIRA)
SANTOS, JOSE RODRIGUES
*Crónicas de Guerra - Vol. II - De Saigão a Bagdade - Editor: Gradiva PublicaçõesAno de Edição: 2002N.º de Páginas: 592
*Crónicas de Guerra - Vol. I da Crimeia a Dachau

XESCOLHIDO*A VERDADE DA GUERRA Editor: Gradiva Publicações Ano de Edição: 2002N.º de Páginas: 260 (MARCO BRANDÃO)

sexta-feira, outubro 13, 2006

CINEMA: filmes no MN

SEXTA 13 e SÁBADO 14 Outubro

Ciclo de Cinema LGBT - 2ª parte, integrado no 3º Diversidade na Cidade, organizado pela Ex-Aequo Aveiro


SEXTA 13 . auditório do Mercado Negro . 22h

All Over Me (EUA, 1997) (L)
de Alex Sichel

Claude, uma adolescente rabugenta, sente-se aprisionada por duas mulheres:
a sua mãe solteira, com quem partilha um pequeno apartamento, e a sua melhor
amiga Ellen, com quem partilha o sonho de fundarem uma banda de rock. Mas
isso foi antes de Ellen arranjar um namorado ruim, suspeito de um assassínio.
Claude apercebe-se lentamente que está apaixonada por Ellen, e certa noite
decide ultrapassar as suas inibições.
(entrada livre . legendas em português)



SÁBADO 14 . auditório do Mercado Negro . 18h
Pourquoi Pas Moi? (França/ Espanha/ Suíça, 1999) (GL)
de Stéphane Giusti
O filme apresenta-nos um grupo de jovens amigos homossexuais: Camille, Eva,
Ariane e Nico. Camille e sua mãe, Josepha, decidem organizar um jantar para
que os pais dos restantes fiquem a saber da orientação sexual dos seus filhos.
Esse fim de semana especial vai incendiar paixões , mas não exactamente como
cada um tinha previsto. Uma comédia romântica com personagens insólitas,
entusiasmantes, em suma, inesquecíveis.

(entrada livre . legendas em português)

quarta-feira, outubro 11, 2006

Nos escombros da Guerra dos Balcãs...GRBAVICA

A 15 de Outubro, domingo, ante-estreia nacional na Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira (CINECLUBE).
GRBAVICA é uma história sobre a vida em Sarajevo na actualidade...

Uma mãe solteira, Esma, quer que a filha, Sara, participe numa viagem da escola.
Para ter um desconto é necessário fazer prova de que o pai é um mártir da guerra. Mas Esma prefere encontrar uma forma de pagar o bilhete na totalidade....
O filme revela as dificuldades em retomar uma vida normal após as dolorosas marcas de um conflito que dura muito mais do que se possa imaginar...

Filha da Guerra
de Jasmila Zbanic
com Mirjana Karanovic, Luna Mijovic, Leon Lucev, Kenan Catic, Jasna Beri, Dejan Acimovic, Bogdan Diklic e Emir Hadzihafisbegovic
(Áustria 2006)

sexta-feira, outubro 06, 2006

LIVRO: Florence AUBENAS | Miguel BENASAYAG



A Fabricação da Informação. Os jornalistas e a ideologia da comunicação (*)
Editora: Campo das Letras
Colecção: Campo dos Media
Ano Publicação: 2002
Nº Páginas:112

Este livro é uma abordagem crítica à maneira como os Meios de Comunicação Social concebem e tratam a informação. “Uma informação construída em função de grelhas prévias, de modo a poder ser encaixada num argumento concebido de antemão”, escreve-se na contracapa.
"Durante muito tempo acreditou-se que uma coisa era verdadeira "porque veio escrita nos jornais". Hoje esta crença popular inverteu-se. De palavras sagradas as notícias divulgadas pela imprensa tornaram-se, aos olhos dos que a lêem, muito provavelmente falsas ou, em qualquer dos casos, suspeitas", acrescenta-se na Introdução.


(*) Proposta para a recensão crítica.

LIVROS: Jenny KITZINGER/Jacquie REILLY e E. Cintra TORRES

Ascensão e queda de notícias de risco (*)
Jenny Kitzinger e Jacquie Reilly
Reality shows: ritos de passagem da sociedade do espectáculo (*)
Eduardo Cintra Torres
Editora: Cadernos Minerva. Minerva
Ano Publicação: 2002

“Ascensão e queda de notícias de risco”, de Jenny Kitzinger e Jacquie Reilly traduzido e prefaciado por Cristina Ponte, merece, desde logo, uma referência por se tratar de uma primeira abordagem académica vinda a lume no nosso país, sobre uma actividade jornalística relativamente recente que vai recolhendo cada vez mais a atenção da opinião pública: as notícias sobre o risco relacionado com a ciência e a tecnologia (…) O segundo título, “Reality shows: ritos de passagem da sociedade do espectáculo”, reúne onze artigos publicados pelo crítico de televisão Eduardo Cintra Torres no jornal Público. Além das crónicas agora reunidas em volume, inclui um inédito onde se analisam os reality shows como rituais de passagem em que os iniciados aprendem o modo de ser próprio da sociedade do espectáculo: o "ser-se conhecido". Através destes rituais, onde pontuam sacerdotes, confessionários e expulsos, ascende-se à aristocracia da sociedade mediática contemporânea”.
(Fonte: Recensão crítica de João Carlos Correia, professor na Universidade da Beira Interior, com inúmeros textos publicados sobre comunicação).


(*) Propostas para a recensão crítica.

LIVRO: GONÇALO PEREIRA



A QUERCUS NAS NOTÍCIAS (*)
Editora: Porto Editora
Ano Publicação: 2006
Nº Páginas: 160

“A Quercus nas Notícias - Consolidação de uma Fonte Não Oficial nas Notícias de Ambiente", é um livro que resulta de uma dissertação de mestrado, no caso a desenvolvida pelo também jornalista Gonçalo Pereira, na UCP. O relacionamento de uma entidade não governamental com os media, as nem sempre pacíficas ligações das fontes com os jornalistas e o Poder, bem como os processos de selecção do que é notícia, em especial, numa área tão melindrosa como difícil de abordar, produziram um notável trabalho de reflexão sobre uma matéria mais do que actual no campo da comunicação. A análise incidiu na evolução mediática da Quercus de 1987 a 2003.

Artigo de Gonçalo Pereira
Referência de Rogério Santos (Indústrias Culturais)

(*) Sugestão para a recensão crítica.

quinta-feira, outubro 05, 2006

LIVRO: ELSA COSTA e SILVA


Os donos da notícia. Concentração da propriedade dos media em Portugal (*)
Editora: Porto Editora
Ano Publicação: 2004
Nº Páginas: 176

O livro é o resultado da tese de mestrado (defendida em 2002, na Universidade do Minho) da jornalista do Diário de Notícias Elsa Costa e Silva. O estudo baseado numa análise do fenómeno da concentração da propriedade dos órgãos de comunicação social no nosso país revela os perigos inerentes ao facto de apenas alguns grupos económicos dominarem o universo da comunicação. Poder, dinheiro, audiências, interesses, censura, libertinagem são algumas das situações sobre as quais devemos reflectir em “ Os Donos da Notícia - Concentração da Propriedade dos Media em Portugal”.


Opinião de Rogério Santos (Industrias Culturais)

(*) Sugestão de livro para a recensão crítica

LIVRO: SERGE HALIMI

Os novos cães de guarda (*)
Ano publicação: 1998
Editora: Celta Editora
Nº. Páginas: 117 págs

“Este livro baseia-se no registo metódico de informações altamente perecíveis e voláteis: radiofónicas ou televisivas, as palavras voam, e as da Imprensa escrita não são, por definição, menos efémeras. Este trabalho de arquivista tem por efeito minar um dos suportes invisíveis da prática jornalística, a amnésia (…) responsável por inconsequências e incoerências, quando não por cambalhotas e reviravoltas” é explicado logo no prefácio de um livro que desmistifica a validade e veracidade de algumas notícias e explica porque é que alguns acontecimentos são notícia e outros não. O papel de jornalistas que “forçam” determinadas informações a vir ao de cima é escalpelizado por Halimi, jornalista do Le Monde Diplomatique.

Entrevista com HALIMI
Artigo de Opinião

(*) Sugestão de livro para a recensão crítica

LIVRO: GILLES LIPOVETSKY

O Império do Efémero (*)
Editor: Dom Quixote
Ano de publicação: 1989O livro aborda a questão da moda numa sociedade de consumo exarcebado, a par com o surgimento dos novos valores da pós-modernidade como o hiper-individualismo, uma dimensão característica da era da produção de massa. No entender de Lipovetsky, o crescimento do fenómeno da moda na sociedade contemporânea liga-se à sociedade pós-moderna “na medida em que foi a moda que nos arrancou da sociedade disciplinar, autoritária, convencional, em proveito de uma sociedade hiperindividualista, na qual os indivíduos vivem em self-service, onde podem escolher seus modos de vida e não mais submeter-se a coações, no trabalho em particular, ou na falta de trabalho, com a questão do desemprego”.
Passados tantos anos desde a sua publicação, o livro mantém-se actual em muitos aspectos.

Entrevista a Lipovestky(1)
Entrevista a Lipovestky (2)


(*) Sugestão de livro para a recensão crítica

terça-feira, outubro 03, 2006

LIVROS: JOSÉ RODRIGUES DOS SANTOS (2)

Crónicas de Guerra - Vol. II - De Saigão a Bagdade (*)
Editor: Gradiva Publicações
Ano de Edição: 2002
N.º de Páginas: 592

De Saigão a Bagdad, das montanhas geladas de Cabul às ruas ensanguentadas de Kigali, das selvas húmidas de Khe Sanh às areias quentes de Dahran, dos destroços fumegantes de Grozny às avenidas desertas de Sarajevo, o segundo volume desta obra relata as atribuladas aventuras dos repórteres portugueses nos grandes campos de batalha do nosso tempo. Artur Albarran ao lado das forças multinacionais na ofensiva para reconquistar o Kuwait, Barata-Feyo apanhado numa emboscada com os Mudjahedin no Afeganistão, Carlos Fino debaixo de fogo cerrado dos russos na Tchetchénia. A história do Século XX, testemunhada e narrada por jornalistas portugueses e reproduzida em épicas e inesquecíveis Crónicas de Guerra.
Depois do êxito do primeiro volume, José Rodrigues dos Santos regressa com Crónicas de Guerra – De Saigão a Bagdad, para narrar as emocionantes aventuras dos correspondentes de guerra portugueses nas selvas do Vietname, nos desertos do Médio Oriente, nas montanhas do Afeganistão, na região do Golfo Pérsico, nas cidades da Bósnia, nos destroços da Tchetchénia, no genocídio do Ruanda. Uma aventura narrada por José Rodrigues dos Santos, num estilo vivo, rigoroso e empolgante.

Crónicas de Guerra - Vol. I da Crimeia a Dachau (*)
Editor: Gradiva Publicações
Ano de Edição: 2003
N.º de Páginas: 464

É uma estranha tribo. Vão para onde os outros fogem, digladiam-se por um exclusivo, conhecem o rosto da morte. Os correspondentes de guerra gostam de se considerarem uma classe à parte, e José Rodrigues dos Santos conta aqui as sua emocionantes histórias, num estilo vivo e palpitante.Da Crimeia a Dachau, das trincheiras de Neuve Chaoelle ao massacre de Badajoz, do desastre de La Lys aos fuzilamentos de Mérida, da tomada de Toledo aos bombardeamentos da Blitz, este livro este livro relata as atribuladas dos repórteres portugueses nos grandes campos de batalha. Almada Negreiros debaixo de fogo cerrado nas trincheiras inglesas da Primeira Guerra Mundial, Artur Portela a assistir a execuções sumárias na Guerra Civil de Espanha, Fernando Pessa a relatar um combate aéreo na Segunda Guerra Mundial. É a história do século XX, testemunhada por jornalistas portugueses e reproduzida em épicas e inesquecíveis Crónicas de Guerra.
(Fonte: Webboom)

(*) Sugestões para a recensão crítica

LIVROS: JOSÉ RODRIGUES DOS SANTOS (1)

LIVRO: A VERDADE DA GUERRA (*)
Editor: Gradiva Publicações
Ano de Edição: 2002
N.º de Páginas: 260

Imagine um soldado que começa a disparar para benefício das câmaras de televisão.
Imagine um político que decide parar uma guerra por causa de um repórter incómodo.
Tudo isso já aconteceu.
A guerra desenrola-se nos campos de batalha, mas também nas páginas dos jornais e nas palavras e imagens dos noticiários. Até que ponto a imprensa, a rádio e a televisão reproduzem fielmente o que realmente se passou, e onde começa a distorção? Em que podemos confiar? Onde está afinal a verdade da guerra? Após o êxito dos dois volumes de Crónicas de Guerra, José Rodrigues dos Santos fecha a trilogia com um livro surpreendente que ameaça abalar a nossa confiança nos noticiários e revelar o rosto escondido das reportagens de guerra, questionando, afinal, a nossa relação com o mundo e o nosso conhecimento da História. A Verdade da Guerra declara guerra pela verdade. (Fonte: Webboom)

(*) - sugestão para a recensão crítica

FILME: LISBOETAS


Filme em exibição a 5 de Outubro, na Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira, 21h45.

LISBOETAS é um filme documental sobre um pedaço da história e cultura do nosso país. Da história dos aventureiros que partiram à procura de uma vida melhor até às faces de diferentes países que também procuram uma vida melhor, agora, em Portugal. Como está este país de emigrantes-imigrantes?

Ao longo do século XX, Portugal foi uma terra de emigrantes. O país tinha tão pouco para oferecer que quase metade da população activa partiu à procura de melhores salários. A economia nacional sobreviveu durante décadas graças aos envios de dinheiro destes emigrantes. Alguns anos após a integração de Portugal na Comunidade Europeia, a situação inverteu-se...Cerca de um milhão de imigrantes chegaram a Lisboa em pouco mais de uma década. Uma parte importante destes imigrantes veio da Europa de Leste e tem um nível de instrução mais elevado do que a média portuguesa. Mas também brasileiros, chineses, indianos, africanos...Será que vão mudar Lisboa e Portugal (que ainda é um dos países mais pobres da Europa)? Será que se vão deixar resignar pela resignada indolência do país? (FONTE: 7arte.net)