domingo, outubro 30, 2005

LIVRO: Apocalípticos e Integrados



ECO, UMBERTO (1991), Apocalípticos e Integrados, DIFEL, 1ª edição, 430 pps.

Eco reuniu num livro uma série de ensaios sobre a cultura de massas, artigos nos quais analisa a estrutura daquilo que designa o mau gosto, a leitura de banda desenhada, o mito do Super-homem, as músicas da sociedade de consumo, o papel dos meios de comunicação audiovisuais como instrumento de informação e a influência da televisão na sociedade de massas. Para Eco existem dois modos de encarar esta sociedade: a postura dos apocalípticos que vêm na sociedade de massas a anti-cultura, o sinal de uma queda irreparável da sociedade, e a postura dos integrados, que acreditam com optimismo a vivência numa era de harmonia cultural, acessível a todos.

LIVRO: A sociedade de consumo




Baudrillard, Jean (1981) A sociedade de Consumo, Lisboa, Ed.70, 216 pps.

Uma análise profunda e estimulante daquilo que constitui um dos fenómenos mais característicos das sociedades desenvolvidas da segunda metade do século XX.
A Sociedade de Consumo, uma das inúmeras publicações de Jean Baudrillard, constitui uma das principais contribuições para a Sociologia contemporânea, e é hoje uma obra consagrada internacionalmente. Nela procede o autor a uma análise profunda e estimulante daquilo que constitui um dos fenómenos mais característicos das sociedades desenvolvidas da segunda metade do séc. XX, mostrando de que forma as grandes corporações tecnocráticas suscitam desejos irreprimíveis, criando novas hierarquias sociais que substituíram as antigas diferenças de classes. O consumo, na qualidade de novo mito tribal, transformou-se, segundo o autor, na moral do mundo contemporâneo.
Jean Baudrillard, sociólogo francês, é considerado um dos mais importantes especialistas dos fenómenos da comunicação de massas e das suas repercussões na economia e organização política.
Fonte: Edições 70

LIVRO: O império do efémero




LIPOVETSKY, Gilles (1989). O Império do Efémero, Dom Quixote.


O livro aborda a questão da moda numa sociedade de consumo exarcebado, a par com o surgimento dos novos valores da pós-modernidade como o hiper-individualismo, na era da produção de massa. No entender de Lipovetsky, o crescimento do fenómeno da moda na sociedade contemporânea liga-se à sociedade pós-moderna “na medida em que foi a moda que nos arrancou da sociedade disciplinar, autoritária, convencional, em proveito de uma sociedade hiperindividualista, na qual os indivíduos vivem em self-service, onde podem escolher seus modos de vida e não mais submeter-se a coações, no trabalho em particular, ou na falta de trabalho, com a questão do desemprego”.

ENTREVISTA A LIPOVETSKY

LIVRO: A manipulação dos media



CHOMSKY, Noam (2003) A manipulação dos media. Os efeitos extraordinários da propaganda, Editorial Inquérito. 110 págs.





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LIVRO: A fabricação da informação



AUBENAS, Florence, BENASAYAG, Miguel (2002), A fabricação da informação. Os jornalistas e a ideologia da comunicação, Campo dos Media, Campo das Letras, 105 págs.

Este livro é uma abordagem crítica à maneira como os Meios de Comunicação Social concebem e tratam a informação. “Uma informação construída em função de grelhas prévias, de modo a poder ser encaixada num argumento concebido de antemão”, escreve-se na contracapa.

LIVRO: Propagandas silenciosas




RAMONET, IGNACIO (2000), Propagandas Silenciosas: massas, televisão, cinema, Campo dos Media, Campo das Letras, 232 págs.

Tema recorrente da obra de Ramonet, a manipulação mediática volta a ser a personagem central de Propagandas Silenciosas. Os perigos escondidos por detrás da informação e do entretenimento, duas situações para as quais hoje em dia não se encontram fronteiras nítidas, são desvendados pelo autor que considera que as imagens veiculadas em “spots publicitários, filmes-catástrofe, séries policiais, comédias, cenas de guerra e violência… deixam vestígios subliminares cuja influência a longo prazo, acaba por determinar profundamente o nosso comportamento. E por reduzir a nossa liberdade”, refere no livro.
Na divulgação deste livro, a Campo das Letras recorda: "Face ao poder renovado das comunicações de massas, a questão que se põe hoje em dia aos cidadãos já não é: somos manipulados? Pois a resposta a esta pergunta, como todos o sabem, é infelizmente afirmativa. Trata-se agora de saber como somos mentalmente influenciados, controlados, condicionados". No livro Ramonet relembra ainda "como se fabrica uma ideologia, como se constrói essa silenciosa propaganda que visa domesticar o nosso espírito, violentar o nosso cérebro e intoxicar o nosso coração".
Um dos exemplos frisados, para comprovar a omnipotência dos media, é o facto de nas modernas sociedades mediáticas, "uma criança de quatro anos, ainda antes de entrar para a escola, já foi exposta a vários milhares de horas de televisão e devorou com os olhos sugestões efémeras que rapidamente desaparecem.Desaparecem? Não por completo, diz-nos Ignacio Ramonet."

LIVRO: Nós os media



GILMOR, Dan (2005), Nós os Media, Editorial Presença, 240 págs


Livro visionário sobre as novas possibilidades da Era da Comunicação Global, Nós os Media aborda o papel das novas tecnologias, em especial da Internet, em mudar o modo como se comunica numa sociedade cada vez mais global. “Esbatem-se assim antigas fronteiras, para se caminhar num sentido em que a informação será dialogante, sem regras impostas e como uma imensa sala de conversa”, está escrito no contracapa.
Na verdade, nos dias de hoje os chamados grandes media como jornais, canais televisivos ou rádios, pertencem a grandes grupos económicos que detêm o monopólio dos Meios de Comunicação Social. Com o surgimento da Internet, os grupos económicos tiveram que alterar o modo de funcionamento. De facto, o advento da Internet levou a uma inversão de papéis ao permitir, por exemplo, que os utilizadores passem a ser eles próprio produtores de notícias e outros conteúdos, dando origem a uma espécie de jornalismo cívico. É esta a perspectiva que Gilmor analisa no livro, ao verificar que as salas de conversa (chats), os fóruns, emails e listas de emails, e, acima de tudo, os weblogues, levaram a que o cidadão anónimo possa comunicar em tempo real e em interacção com muitos outros produtores, situados em espaços geográficos diferenciados.

LIVRO: Sobre a Televisão



BOURDIEU, Pierre (2001) Sobre a Televisão, Oeiras, Celta Editora, 115 págs

O livro compila a informação veiculada por este sociólogo em duas aulas no Collège de France. Crítico feroz dos Meios de Comunicação Social, Bourdieu desmonta aqui os mecanismos de censura invisível que se exerce sobre o pequeno ecrã, para além de revelar alguns dos segredos da fabricação de imagens e dos discursos televisivos.

LIVRO: Os novos cães de guarda

HALIMI, SERGE (1998), Os novos Cães de Guarda, Oeiras, Celta Editora, 117 págs

“Este livro baseia-se no registo metódico de informações altamente perecíveis e voláteis: radiofónicas ou televisivas, as palavras voam, e as da Imprensa escrita não são, por definição, menos efémeras. Este trabalho de arquivista tem por efeito minar um dos suportes invisíveis da prática jornalística, a amnésia (…) responsável por inconsequências e incoerências, quando não por cambalhotas e reviravoltas” é explicado logo no prefácio de um livro que desmistifica a validade e veracidade de algumas notícias e explica porque é que alguns acontecimentos são notícia e outros não. O papel de jornalistas que “forçam” determinadas informações a vir ao de cima é escalpelizado por Halimi, jornalista do Le Monde Diplomatique.

ARTIGO DE OPINIÃO
ENTREVISTA